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Craque da Fronteira no Vetera...


Publicada em: 20/10/2010 12:55
por: Hélio da Rosa Machado

Menino pobre que estudou no Felipe de Brum, mas que aprendeu coisa incomum, já que de pobre não teve nada, pois foi craque do Milionário, não que recebesse grande salário, mas porque era escalado pelo paraguaio Ernesto Londolf que dirigia um time rico no nome, mas bem pobre na prática; lá pra bandas da fronteira, num lugar sem eira nem beira; na querida Amambai,  que do pensamento não sai.

Falo do Robson Fernandes, que hoje se sobressai na sapiência, porque fez gosto pela ciência (que não é exata), pois cursou a faculdade jurídica, ao aprender que com o direito é que se fala, buscando equilíbrio nas demandas, embocando na orla dos fundamentos e transformando as causas em veredictos indiretos que se estendem pelos campos das jurisprudências depois de expostas na Casa das causas, aqui aonde mora.

Depois de tanto tempo longe das quatro linhas dos verdes campos deste lugar, resolveu retornar no último sábado, exibindo o mesmo futebol de complexidades artísticas que exibia outrora, mas nem tudo é como antes agora, pois uma pequena saliência lhe acompanha à frente do tronco, querendo lhe empinar o equilíbrio físico, pois, diante de tamanho esforço, passou bom tempo deitado, onde ficam os desesperados.

Lá de longe se via um corpo estendido no chão. Era um moço cinqüentão que não agüentava um único encontrão. Foi uma tarde de martírio. Não havia sequer o homem da maca. Havia outros que riam sem parar, de um fato que não tinha a menor graça! (Para ele, é claro!). Era um peixe que se esforçava para voltar pra água. Mas lhe faltava fôlego para saltitar sobre o chão. Pois logo vinha novo encontrão. Faltava o ar nas narinas. Já não tinha força nas suas turbinas. Então, ficava estirado mexendo uma perna – o último recurso do velho guerreiro.

Mas, o moço, mostrou determinação. Nem quando lhe perguntaram se ia voltar no ano que vem...Ele retrucou (mais que depressa): - Porque a pressa! – Tá me expulsando por que estou com uma dorzinha muscular? O colega inquiridor moderou suas perguntas, pois entendeu que a determinação do velho atleta ainda era uma corrente que fluía nas suas veias.

Uma singela homenagem ao grande atleta amambaiense que no passado angariou fãs nos gramados arenosos da querida cidade fronteiriça que lhe deu origem.



Imagens

Taí o Craque da Fronteira, demonstrando seriedade ao lado do Chefe (De. Osvaldo)

Comentários (5)

Enviado por: Fabricio, em: 20/10/2010 15:53
Muito bom texto machado... parabéns!

Enviado por: k10, em: 20/10/2010 17:11
Parabéns pelo retorno Robson, deita e rola nesse gramado que vc já conhece bem...Já pensou vc fazendo dupla com o Alcirio...? putttts, coitado dos atacantes.

Enviado por: José Robson, em: 26/10/2010 14:34
Machadinho, obrigado pelas palavras. Mas deixa eu te contar. Há uma tese no sentido de que, em entrevistas de empregos, nunca se deve dizer que aquele emprego que está sendo postulado corresponde ao que se gosta de fazer. Segundo consta, os melhores profissionais não são aqueles que fazem o que gostam, mas aqueles que fazem o que é preciso ser feito. Afirma-se que as empresas se impressionam mais com esse tipo de profissional, porque, para elas, o que importa é o comprometimento e o engajamento com o projeto da companhia, não o gosto pessoal de seu empregado. Fazer o que é preciso ser feito é mais custoso do que fazer o que se gosta. Já imaginou se todo mundo fizesse o que gosta? Mas, porque esse trololó todo – você deve estar pensando? Bueno! Bem descreveste as dificuldades que o corpo humano, depois de longa data, encontra para realizar tarefas que são comezinhas na juventude. Há seis ou sete anos que não jogo mais bola justamente por conta de ter essa compreensão, que implica dizer, por extensão, que, hoje, jogar bola já não é mais prazeroso como antes – dar um chapéu, enfiar a bola no meio das pernas do adversário, não tem preço. Então, por que me inscrevi no campeonato de veteranos? Talvez porque tenha me convencido definitivamente de que o corpo humano não pode parar, mesmo com mais de meio século de existência (54 anos, mais exatamente). Deve-se fazer o que pode, dentro das possibilidades. Mas, quanto ao futebol, não foi só a mobilidade que percebi ter perdido; mais do que isto, é a falta de ritmo e, principalmente, de visão de jogo. Incrível como o campo visual fica extraordinariamente diminuto, parece que restrito à circunferência da bola – não se vê mais nada. Livrar-se do adversário e proteger a bola para construir uma jogada, nessas condições, é tarefa hercúlea! Mal – ou bem comparando – o estado físico do corpo humano depende muito do que dele é exigido, assim como da mente ou da memória. Parar de ler, ler pouco ou ficar restrito a leitura do trivial deixa o cérebro preguiçoso: não se consegue desenvolver um raciocínio que vá além desse contexto. A tendência é o definhamento, em ambos casos – físico e mental. Acrescentaria, ainda, talvez porque, também, por conta da distância que de repente me vi de meus parceiros de bola, de meus colegas de trabalho, de meu amigos de longa data, como você, enfim, das pessoas de convívio de tanto tempo. Volta e meia me pego com essas reflexões e me surpreendo com uma constatação: tenho negligenciado meus amigos e minhas amizades! Um forte abraço do “amambaiano”!

Enviado por: martins, em: 30/10/2010 08:44
Helio o nosso jogo com o time da Igreja esta confirmado, desta vez seremos reforçado com a contrataçao do Pe. Henrique pela ala direita.

Enviado por: Hélio -, em: 03/11/2010 17:41
Valeu Robson...Todos sabemos a razão do seu retorno, afinal, se temos um lugarzinho para ajudar ao corpo e à mente, porque não usufrui-lo? A sua volta foi referenciada porque sabemos que sua companhia é honrosa para nós. Aceitamos seu futebol como ele está e não temos a mínima pretensão de vê-lo brilhando como outrora. Só queremos vê-lo sorrindo e pagando uma cervejinha para os amigos!!!

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