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Um quase paraguaio em nosso time.


Publicada em: 13/05/2011 15:24
por: Hélio da Rosa Machado

Nas décadas de 60 a 70, nos confins da divisa deste glorioso Brasil com o Paraguai, viviam alguns meninos que conviviam com o ar do crepúsculo amambaiense, visto que as tardes, naquela pequenina cidade interiorana, eram anunciadas pelo friozinho matreiro que arrepiava o queixo do freguês, mas, ao mesmo tempo, enchia seus olhos de sofreguidão, visto que ao longe, lá no horizonte, o sol se encarregava de formar o espetáculo do por do sol. Essa vastidão de cores, não lhes chamava muita atenção e nem era obstáculo para aqueles venturosos e magrelos moleques que, com a utilização de uma bola tipo ‘capotão’ (bem surrada), não se importavam em unir-se naqueles finais de tarde arrepiantes, para curtir uma ‘peladinha’ de rua.

Era uma rua pouco comum e incapaz de ser imaginada em nossos dias, pois, a grama insistia em nascer junto com as guanxumas e se misturava com a rama rasteira de outras ervas daninhas. Mas, esse misto de plantas rasteiras não atrapalhava a sintonia daquele improvisado campinho urbanista, já que a rua se confundia com nosso lazer. Os próprios motoristas, sabedores, que ali, naquele horário, era costume a realização daquela reuniãozinha pouco comum, não se atreviam a interromper a animada partida. Desviavam por outra rua, respeitando o valoroso esporte, já que a molecada era mais do que conhecida naquela região. O único entrave do improvisado campinho, eram os trilhos edificados pelos desgastes dos pneus, pois, a grama, naquelas linhas paralelas, tinha cedido aparecendo o vermelho da terra, desnivelando nossa cancha esportiva. Isso não importava, já que nossa ginga se improvisava para driblar aqueles desníveis, fazendo a bola correr suavemente pela grama verde.

Evidente que depois de alguns minutos, a noite se aproximava e, as mães, preocupadas, começavam a chamar seus filhos, haja vista que alguns deles tinham que se preparar para a jornada estudantil. Assim, somente a falta de quorum era o limite entre o começo e o fim da brincadeira futebolística.

Esse cenário infantil acompanhou nossos dias até chegar a hora dos pássaros saírem do ninho, por isso aqueles que já voavam mais alto foram parar nas seleções de futebol de salão dos colégios e teve até aquele que foi expor sua ginga no clube amador da cidade, o saudoso Milionário Esporte Clube.

O José Robson Fernandes foi um desses meninos que despontou para o estrelato ao compor o glorioso elenco. Jogou algum tempo e foi um daqueles atletas de rua que conseguiu deixar registro histórico para o povo amambainse, figurando no elenco fronteiriço, cuja realidade histórica é demonstrada, hoje, no acervo fotográfico catalogado pelo Orkut, no endereço denominado “Túnel do Tempo”.

O renomado atleta, depois de vislumbrar que o futebol da época não iria lhe dar o sustento e a evolução pessoal que almejava, passou a ingressar na luta forense, prestando seus serviços no Fórum da cidade de Amambai, para, mais tarde, mudar-se para esta Capital, vindo a trabalhar a meu lado, no Cartório do Sexto Ofício que atendia ao Fórum da Capital, localizado na Rua 26 de Agosto.

Referido amigo, algumas vezes, mas, com relutância, reforçou o time do Poder Judiciário, primeiramente, participando do glorioso elenco da ARTJMS, para, depois, fazer parte do nosso time em alguns amistosos realizados por nossa equipe da ASPJMS, especialmente, quando a delegação se deslocava para cidades interioranas.

Não estranhem a palavra relutância acima citada, visto que ela se deve ao fato desse nosso atleta ser daqueles que não tinha ‘fome de bola’, já que os bons salários e o conforto que conseguiu com seu esforço no trabalho, tornaram-se obstáculo no seu universo de preferências, preferindo, aos domingos e finais de semana, curtir uma boa churrascada ou uma boa piscina, do que sair atrás da nossa galera que tinha uma atração maior sobre a saudosa bola de ‘capotão’.



Imagens

O glorioso (quase paraguaio) com a equipe do Milionários. Agradecimentos ao endereço "Tunel do Tempo" (orkut)

Outra foto histórica. Esse time foi um dos melhores da região fronteiriça. Ganhava até do Serro Portenho. Agradecimentos ao endereço virtual "Tunel do Tempo" (Orkut)

Um time glorioso (ASPJSM) da década de 80. Confira o homenageado...

Comentários (4)

Enviado por: Al Jaziro, em: 14/05/2011 22:57
A autenticidade das fotos é incontestável. Como amambaiense que sou, conheci alguns desses "craques". Mas, convenhamos, destaque em nosso Amambai foram Nelson Galego, Cabo Dirceu, Coconho, Bauer, e, por que não falar do glorioso Carlinhos Cerejo. Esses foram os caras da época. Depois vieram Jeferson Tubaíba, Nuna, Paulinho Brescovit e seu irmão Adriano, Robson, Chupê (paraguaio), cujo nome até hoje inspira muitos integrantes da Bancada da Bola rsrsrs. Por falar em Amambai, quero render homenagem a um dos maiores goleiros da bela e pacata cidade crepúsculo. Beto, que foi assassinado no auge da carreira. Abraço a todos os amambaienses. Acessem o blog da Escolinha escolinhadovaldecir.blogspot.com, amigos!

Enviado por: Hélio, em: 16/05/2011 16:53
Vou tentar descrever cada atleta: DA ESQUERDA PARA DIREITA (em cima): MOACIR (goleiro), Artur, Paulinho, Jorge Batista, Falcão, não lembro, não lembro, DANIEL (goleiro). Em baixo: Melchior, Hélio Machado, Valdecir, Luiz Pedro, José Robson, Zenildo, não lembro. Sentado: Arnaldo Neves. Naquela época era um time de respeito.

Enviado por: Eclaine Fátima Vieira Von Holleben, em: 03/07/2011 11:17
Legal ver toda essa turma, bons tempos, pessoas que há tempo não vejo, o Gilberto, o galego, o Bauer. E gente que vejo sempre que vou a Amambai, meu irmão Enedir e Nelder, o Rui Cordeiro. Lembrando que eu fui madrinha do Milionário no inicio da sua criação, no "estádio" cercado de madeira lá na saída de Ponta Porã, muitas vezes toquei a música "milionários" no meu toca disco portátil qdo a turma entrava para jogar. Mas é isso. Aproveito a oportunidade para desejar a todos saúde e alegria sempre.

Enviado por: ERNANI CRISPIM, em: 07/05/2015 10:34
GAUCHO DE SANTA MARIA, FIZ PARTE DA PRIMEIRA CONQUISTA DO MILIONARIOS GANHAMOS A TAÇA EM 1975.

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