Quero me utilizar da via poética
para enfatizar a situação de Portugal e da Itália nesta tarde. Os dois times, à
beira da berlinda, jogam sua fichas em resultados positivos. Mas, isso não
basta, devem ainda torcer para que outros resultados os favoreçam.
Por isso, apego-me à música
interpretada por Tangará e Zé Viola que tem o título de: Ainda resta uma
esperança. Trata-se de versos que são dirigidos pelo seu grande autor (Manoel
Lacerda) ao assoreamento do rio taquari, no sentido de despertar as pessoas para um problema de grande vulto no aspecto ambientalista.
A música é linda, seja nos arranjos, seja na interpretação (desses excelentes
músicos), ou na verbe desse poeta sul-mato-grossense que deixou saudades aqui
em Mato Grosso do Sul, uma vez que hoje mora em Cuiabá-MT.
Fazendo esse paralelo creio que
o choro que se observa nos versos dessa música (com o fim de alertar aos
ambientalistas e aos governantes) se reflete na realidade sindijusense, no que
tange ao destino dessas duas equipes que hoje entram em campo sabendo que podem
estar com o pé do lado de fora da competição.
Assim é a realidade de nosso
rio taquari, que hoje chora a desventuras de seus ribeirinhos que desmataram e
cometeram todo tipo de abuso com suas águas.
Nós da equipe Portugal e da
Itália não sofremos nenhuma interferência das mãos dos homens. Talvez tenhamos
sofrido com a interferência de seus pés. Sucede que o regulamento tem enfaixado
as mãos do treinador e liberado os pés que teimam em arrematar a bola sem o endereço certo do gol.
A verdade é que na tarde de
hoje as esperanças podem se esgotar em face de mais um desastre vindo das
quatro linhas. Daí, o único conserto será esperar que o segundo semestre chegue
bem rápido, para quem sabe, numa outra formação, possamos alcançar outros
tempos, visto que neste ano as coisas teimam em conspirar contra a sorte deste
articulista.
Consertar o assoreamento do rio
taquari é algo quase impossível, como são as esperanças de Itália e de
Portugal. Mas, quem sabe as coisas não sofram um turbilhão de vantagens e isso
não se torna algo concreto? Como dizem por aí: A esperança é a última que
morre.