Guaviras do campo sumiram.
E nossos campos também.
Só lá...
Na chácara ‘Machadinho’
Que cerrado você vê
E guavira você tem!
Sem levar um vintém!
As folhas estão abundantes.
Tudo lembra as coisas de antes.
Vendo-se um cerrado brilhante
Bem perto daqui.
Lembrando as aventuras.
De tempo de guri.
Meus olhos brilharam.
Quando deparam com flores.
Em meio aos odores.
Daquelas frutas pequenas.
Que crescem em centenas.
É quase novembro.
Quando os sanhaços e periquitos
Assanham-se com a nobreza da fruta.
Na dimensão da luta.
Que meu pai se esmera.
Para salvar alguma quimera.
As imagens estão comigo.
Vão servir de abrigo.
Aqui os pássaros não mexem.
Mas as frutas não crescem.
Porque se perpetuam.
Como é a próxima semente.
Que vai ficar...
Na memória da gente.