Depois
de um bom tempo renasce a velha rivalidade entre o Galo e o Comercial. Dizem
que há cinco anos não havia esse clássico. Não penso assim. Clássicos mesmos só
ocorreram na década de 70 e 80, quando ambos os times eram competitivos e
tinham representatividade na ótica nacional.
Depois
só houve arremedo de time. Os dirigentes tentavam imitar a era de ouro. Tudo
fantasia. Não havia equipe, apenas um juntado de jogadores (os chamados ‘refugos’)
que perambulavam por aí sem clube. Na verdade nem Operário e nem Comercial
conseguiram (durante essa trajetória nefasta) se reerguer sozinhos, ou seja,
sem a participação do rival. Tanto que nesse longo período sem futebol em nosso
Estado, surgiram times quase que ‘fantasmas’ que não tinham torcidas, como foi
o caso do Sene, que muitos anos foi mantido pelo Reverendo Mun, líder de uma seita (pouco recomendada) que se
instalou no município de Jardim.
Hoje,
não sei se ainda podemos chamar esse encontro de clássico. O Comercial vem com
um elenco até certo ponto valorizado, porque conquistou o título na primeira
divisão na era televisão. Isso dá algum status? Muito pouco, porque a TV não
pode ser o único instrumento de motivação ou de impulso para a formação de uma
agremiação profissional. Nosso Estado engatinha nesse sentido e aí sim a
televisão tem dado sua contribuição, afinal a divulgação dos times e
especialmente das vitórias alcança um número elevadíssimo de torcedores.
O
Operário ainda é uma incógnita. Está tendo um começo até certo ponto otimista,
porque é o único time que em três jogos somou o maior número de pontos. Isso é
suficiente para a grande guinada? Não creio. Há muito a ser percorrido e muito
a ser provado para que o ‘Gigante Adormecido’ volte a ser grande e respeitado
em nosso Estado.
O fato
é que esse próximo comerário, apesar de realizado em palco modesto e com todas
as desconfianças que um começo há de gerar, não há dúvida de que faz o torcedor
sentir certo frisson, visto que estamos tratando da maior rivalidade já vista
nesta Capital.
Quem
sabe não vá ser o pontapé para a reabertura de nosso futebol profissional em
nível que o torcedor gostaria de ver, afinal os dois times estão oferecendo
atrativos: no operário a presença do veterano Rodrigo Grau e no comercial a
presença de Aluísio Chulapa. São jogadores em final de carreira, mas
representam certo apetite na fome de torcedor, afinal melhor comer um bom
churrasco do que degustar um arroz com ovo.
Comentários (1)
Enviado por: Hélio, em: 29/02/2016 19:49
Quem viu o jogo não pode contar vantagem. 1 a 1 com gols marcados pelas principais estrelas de cada time. Comecou bem. Melhor ara o Galo que continua líder.