Todo aquele frisson em torno da precipitação de chuvas que
iriam, em tese, assolar a Capital sul-mato-grossense não aconteceu no horário
dos jogos e a tarde foi muito promissora para a prática do futebol na arena
Sindijus. O clima ameno e sem a peculiar presença de sol desgastante permitiu
que os atletas rendessem um pouco a mais do que de costume e o resultado foram
partidas muito disputadas nessa tarde/noite.
No primeiro jogo a equipe colombiana entrou em campo a fim
de deixar para trás aquelas rodadas sem brilho e sem atenção no aspecto tático.
Foi para cima da equipe chilena que no início se ressentiu da falta de seu
goleiro titular. Parecia que a equipe
colombiana iria criar sua primeira vitória na competição. Só parecia. Como sempre a equipe não consegue
estabelecer esquema defensivo suficiente para se manter à frente do placar.
Mesmo estando ganhando a partida por 2 x 0 cedeu o empate ainda no primeiro
tempo. A partir daí a equipe chilena equilibrou o jogo especialmente no meio
campo e ataque. Foi um jogo bem equilibrado após a igualdade de placar, mas, a
equipe colombiana no 1/3 final do jogo protagonizou boas jogadas no setor
ofensivo. Porém, a sorte não lhe favorece. A bola bateu na trave, os chutes
paravam nas defesas do goleiro chileno e não entrava. Não teve jeito. Colômbia
assinou sua saída da semifinal duas rodadas antes do fim dessa fase. Final: 2 x
2.
No segundo jogo não havia quem arriscasse um placar de
antecipação entre Argentina x Brasil. A primeira desfalcada do melhor jogador
de meio não tem sido aquela equipe insinuante e ofensiva como foi quando o
jogador Matosinho esteve em campo. Já a equipe do Brasil apesar de ter vencido
a Bolívia no jogo realizado, excepcionalmente, durante a semana, não tinha
conseguido ainda se firmar como uma das favoritas para compor uma das quatro
equipes da semifinal. Entretanto, no decorrer do jogo demonstrou que tem fôlego
e qualidade para chegar à classificação. Marlones abriu o placar. O jogo, a
partir daí, foi bem truncado e a todo momento as equipes saiam ofensivamente em
busca de seus gols. Brasil era mais efetiva pela correria de seus meias Daniel
e Rodriguinho. Na virada de tempo a Argentina em uma jogada bem trabalhada pela
ala fez a bola chegar no atacante Valdir que, de esquerda, empatou o jogo. Mas,
foi só isso, a Argentina se cansou e não conseguia chegar com perigo no sistema
defensivo do Brasil. Aí o Brasil cresceu. Em uma jogada pelo lado direito,
através do meia Rodriguinho que foi driblando e levando a bola para dentro da
área adversária. Sem ângulo pareceu-me que quis cruzar para um atacante que
entrava, mas, a bola, desafiadoramente, bateu no zagueiro Sandro e foi parar
dentro de seu próprio gol. Final: 2 X 1 Brasil.
No terceiro jogo a expectativa da arquibancada era de que a
equipe do Peru, em face aos seus resultados anteriores estaria assinando seu
passaporte para semifinal diante da Bolívia. Ledo engano. A equipe verde oliva
estava infalível no seu meio de campo. Mendes estava inspirado e a todo momento
criava chances de ataque para equipe boliviana. Outro meia que estava inspirado
na Bolívia era o Abner. Aliás, foi o artilheiro da tarde e deixou dois gols nas
redes adversárias. O fato é que a equipe peruana estava irreconhecível no
aspecto marcação. Não produzia bem no setor defensivo e seu meio campo esteve
apático. Nem um de seus meias rendeu como nas outras rodadas, especialmente, o
meia Fabrício que apesar de ter se esforçado e quem mais correu no meio campo, não
conseguiu fazer que sua equipe deslanchasse e chegasse ao gol adversário. Final:
3 x 1 Bolívia.