Uma tarde de semifinal de 'tirar o fôlego'. Primeiro, porque o sol brilhou intensamente principalmente na primeira partida. A gente via muito jogador ofegante e as vezes 'sem perna' para dar continuidade a uma jogada. Perfeitamente explicável! Aliás, foi um campeonato surpreendente no sentido das surpresas em face ao longo tempo de inatividade dos veteranos que compõem as equipes. Segundo, porque a particularidade de cada equipe exigiu que seus melhores atletas se desdobrassem dentro de campo, afinal, era a passagem para essa histórica final depois dos tempos sombrios da pandemia.
A maior surpresa, especialmente para este cronista e até para alguns jogadores da própria equipe que reclamavam (no início da competição) do conteúdo qualificativo da equipe foi sem sombras de dúvidas a boa performance da equipe BOLIVIANA nesta semifinal.
No primeiro jogo entre Paraguai x Chile o jogo não reservou grandes surpresas. Estavam se enfrentando duas equipes que demonstraram durante a fase classificatória que qualquer uma delas tinha potencial para ser finalista. Havia até alguns adeptos de apostas que cravavam seus palpites de que uma dessas duas ia ser a campeã. É esperar pra ver. Enfim, viu-se um jogo de muito empenho de seus atletas. Na equipe paraguaia o seu atleta de destaque na fase classificatória, o IZAIAS, esteve abaixo de sua desenvoltura anterior. Mas, aí o que vale é a característica do elenco. Para mim quem brilhou no meio de campo paraguaio foi o meia Jairo. Com passes certeiros e lançamentos eficientes sempre fazia a bola chegar para os atacantes com boas condições de finalização. Na zaga brilhou o ótimo zagueiro Alcírio. As bolas alçadas por cima, nos eficientes cruzamentos do ala Ducacti o zagueiro Alcírio sempre estava lá para se antecipar e tirar a bola para longe de sua grande área. Ao Chile faltou inspiração para seus artilheiros. Marcinho esteve abaixo da média. Correu muito, mas, sem conseguir penetração mais perigosa no setor defensivo do adversário. O meio campo chileno parece que estava mais preocupado em desarmar do que em criar jogadas ofensivas que pudessem levar ao gol. Joaquim correu muito, mas, só foi eficiente nos desarmes. Primeiro gol bem trabalhado pelo Paraguai. A bola foi carregada pela ponta esquerda e chegou aos pés do artilheiro flecheiro que só fez um giro em cime do sagueiro Mário Luiz e aí foi só dar um biquinho na bola que foi parar nas redes adversárias. A partir daí o chile só corria desorganizado dentro de campo. Já no final da partida, o lance mais inesperado da última década. Jairo com a sua maestria de sempre fez a bola chegar ao desmarcado Cezinha. Aí, não deu outra; placar selado: 2 x 0 Paraguai que saiu para o abraço rumo à final do dia 11.12.2021.
No último jogo da tarde entre Bolívia x Brasil a expectativa era grande. Mas, todos esperavam que o Brasil, que era favorito, carimbasse a sua passagem para o título. Ledo engano! Foi o campeonato das surpresas. Aí, louvem-se os atletas do elenco boliviano ao seu representante Aurivaldo - Pastor dos pastéis. O HOMEM foi brilhante na defesa das substituição de seus atletas. Conseguiu até reverter regras já consagradas, para fazer troca de jogador em plena semifinal. Fora esse detalhe a equipe boliviana soube se postar dentro de campo e, estando completa demonstrou que vai 'brigar' em igualdade de condições pelo título no dia 11.12.2021. O fato é que um detalhe chamou a atenção deste cronista. Brasil jogando com apenas 11 atletas. Não tinha ninguém no banco para propriciar que o atleta principal desse uma descançada. Parece-me que a equipe não conseguiu agrupar o elenco. Pagou caro por isso. Foi o Brasil quem abriu o placar no primeiro tempo atráves do centroavante Fabão. A partir daí abriu mão de jogar ofensivamente. Fabão abandonou o ataque para tentar somar no meio de campo na tentativa de jogar com o chamado 'regulamento embaixo do braço'. A estratégia não deu certo. Alguns torcedores da arquibancada já prenunciavam que a equipe do Brasil não ia ter 'fôlego' para manter essa estratégia. Sucede que na semifinal o tempo sofreu um acréscimo de mais 10 minutos. A sapiência de arquibancada prevaleceu. Os principais atletas do Brasil (aqueles da correria) Danielzinho e Rodriguinho estavam extenuados. Não eram mais os mesmos. Ai a Bolívia tomou conta da partida. Teve certo momento que parecia que a Bolívia parecia que estava jogando na altitude. Só tocava bola. O jogo ficou em 1 x 1 até o Átila desferir um torpedo do meio de campo. A bola foi parar no canto direito do goleiro Jo. Bateu na trave e entrou para o gol. Nesse momento a equipe do Brasil 'acusou o golpe". Ninguém acertava mais nada. Foi em um cruzamento alto para dentro da pequena área que o estreante Ezequias raspou a bola de cabeça que foi parar mais uma vez no canto direito do goleiro Jo. Não havia mais nada o que fazer. Passaporte da final contruído dentro de campo. Placar final: 3 x 1 para a Bolívia.
Parabéns para a duas equipes finalistas: Paraguai e Bolívia. Construíram sua classificação através da luta coletiva e valorizaram nosso certame.
Neste ano só tivemos bons exemplos. As equipes semifinalistas de 'mãos dadas' no aspecto do elenco. Três delas demonstrando corporativismo e compreenção dentro da sua tarefa de honrar o campeonato e sua forma de disputa que é valorizar a todos independente do certame também ser competitivo. A ideia do regulamento é que o evento seja tanto competitivo como participativo ai dependente muito das equipes se organizarem e compreenderem que alí ninguém ganha nada material. Ali também se contrói amizades, afinal, é um clube de associados cuja Diretoria tem o objetivo de prestigiar a todos: filiados, dependentes e convidados.
Diante dessa ideia a organização espera que os exemplos que estão vindo dessas 3 equipes (semifinalistas ) e também da união demonstrada por uma equipe desclassificada na 1a fase (que todos sabem quem foi), possam servir de alerta para as duas equipes que vão disputar o 3o. lugar no próximo dia 11.12.2021. O campeonato só vai acabar para essas duas equipes depois que o árbitro encerrar a partida. Temos que parar com essa onda de que 3o. lugar não 'vale nada'. Vale sim e muito no contexto geral da competição.
Comentários (2)
Enviado por: Aurivaldo De Albuquerque, em: 05/12/2021 12:10
Parabéns pelo texto Hélio. Muito bom como sempre. Agradeço as referências elogiosas. Concordo com você quando se refere ao caráter de confraternização do nosso ebento esportivo. O exemplo foi dado pela equipe da Colombia que vc representou. Parabéns a todos os participantes que de certa forma somos sobreviventes desses tempos tão difíceis. Somente a União e compreensão de todos conseguiremos superar... abraço a todas as sete equipes participantes. Ao Alberto um beijinho....kkkkk
Enviado por: Ruymar, em: 05/12/2021 15:15
Só coincidências, nada de anormal, mais o placar da primeira fase classificatória foi BRASIL 03X01 BOLIVIA.
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