NO TIRA-TEIMA DEU AQUIDAUANENSE.
Se fôssemos definir a final de ontem em uma frase (resumindo
a emoção da Arena Sindijus), seria:
Q U Ê F I N A L!
Na boa concepção da gramática estaríamos diante de uma
exclamação!
Claro. Só assim é possível expressar em palavras o que
presenciamos ontem no tradicional centro amador de futebol da Capital – A ARENA
SINDIJUS.
Às vezes fico vendo aquelas matérias esportivas da TV Morena
rebuscada para preenchimento de uma grade que não pode ser preenchida pelo
futebol profissional. Aí aparecem
campeonatos praticados em campos de ‘terrão‘. É merecido. Mas, ainda não descobriram que a emoção
amadora também toma conta de muitos corações no campo de futebol do Sindijus. Fica a dica.
Arena Sindijus cheia. Do lado esquerda da arquibancada (ao
lado do clube social), concentrou-se a torcida do Aquidauanense. Do lado
direito (fundos da Associação Comercial), concentrou-se a torcida do Operário.
Quase toda essa composta pela família e amigos do Melchior Martinez que,
aliás, recebeu homenagem ontem na final,
em face de sua presença continua em todas as rodadas.
A emoção tomou conta de todos os presentes. A partida foi
eletrizante.
Eu, apesar de ser suspeito para fazer parâmetros, ouso
definir, como cronista, que foi o
confronto da MELHOR DEFESA, contra o MELHOR ATAQUE.
Se por um lado o Aquidauanense já tinha demonstrado a sua
capacidade para não levar gol do time que foi um míssil no setor ofensivo, de
outro, o Operário tinha o desafio de articular a sua artilharia com maior poder
de fogo para vencer o antimíssil.
A partida foi de mexer com as emoções mais fortes para
aqueles corações que pulsavam pelo sucesso de uma ou outra equipe.
Operário foi o que seu treinador esperava.
Trabalhou
intensamente no setor ofensivo, mas, não
era dia de a bola favorecer quem atacava.
Foi em uma rara
jogada de ataque do Aquidauanense entre
uma disputa de Serginho X Whendel que o árbitro apontou a marca da cal. Pênalti!
Flávio Vidal cobrou e abriu o placar.
Acabou, assim, o primeiro tempo. 1 X 0 para o Aquidauanense.
Operário teve que juntar os cacos de seu esquema (até então)
quebrado com aquele gol de pênalti.
Operário tinha a missão,
nesse segundo tempo de provar que tinha uma ataque eficiente. Essa
estratégia surtiu resultado.
Operário, tal como foi
a sua característica na fase classificatória e semifinal tinha de converter em
gols suas ações ofensiva. Foi o que
ocorreu em todo decorrer do segundo tempo, tanto que, em uma dessas jogadas
pelo lado esquerdo Trelha foi calçado dentro da área e o árbitro não teve qual
dúvida em assinalar o pênalti. Admir
cobrou e empatou a partida.
Operário ainda continuou com suas ações ofensivas mas não
conseguiu fazer o segundo gol.
Aí veio a prorrogação.
Ambos os times demonstravam certo cansaço.
Mas, Flávio Vidal era o atleta abençoado da tarde.
Em um jogada pela
direita do seu ataque acertou um bom chute que, se fosse em linha reta
facilitaria para a defesa de Clodoaldo.
Mas, não era esse o enredo eis
que bola bateu em um zagueiro e fez trajetória impossível para a defesa de
Clodoaldo. Gol do Aquidauanense.
Estava selada a vitória do Aquidauanense, apesar de o Operário ainda ir atrás e
‘brigar’ pelo gol que poderia levar aos pênaltis.
Mas, era tarde e também não existia mais forças pra vencer a
barreira defensiva do Aquidauanense que, aliás,
fez jus à fama de melhor defesa, tanto que Bossay, (um de seus zagueiros)
foi quem recebeu o destaque da partida.
Fim... Espetáculo puro!
Emoção à flor da pela...
Uma final pra ficar em nossa lembrança por muitos anos,
porque a bom tempo não víamos uma final
com tanto ingrediente de emoções pra quem jogava e pra quem assistia.
Parabéns ao Aquidauanense e todos os seus atletas que, nesse
TIRA-TEIMA, foram os vencedores com galhardia e raça.
De parabéns,
também, à equipe do Operário que foi
briosa em toda a competição. Cresceu com
ela e protagonizou uma final histórica diante de um adversário guerreiro e eficiente no
quesito disciplina tática.
Quem ganhou com isso foram os familiares, convidados e amigos que estiveram presentes
ontem na Arena Sindijus.
Parabéns à Diretoria da Delegacia Sindical de Campo Grande pela
organização e pelo trabalho intenso para fazer dessa final uma festa à altura
da tradição desse nosso Campeonato.
Parabéns aos atletas de ambas as equipes que jogaram e
respeitaram as regras da competição.
Essa postura disciplinar é elogiável e eleva nossa competição no
critério credibilidade.
Depois do jogo bela recepção para os presentes com distribuição
de umas cervejas geladas aos vencedores e um delicioso caldo acompanhado de um
churras.
As fotos aqui lançadas definirão os detalhes de premiação
etc.