Evidente que o internauta jamais saberá quem foi o Brioso a que me refiro acima, a não ser que a própria história de alguns pescadores que curtiram o lindo recanto do Pequi, nas cercanias do rio Aquidauana, desvende o mistério através das proezas e dos micos de alguns singelos cidadãos da selva de pedra que um dia resolveram largar a 'bola' para saírem atrás de alguns peixes.
Desta vez o técnico da equipe não teve muita dificuldade de escalar os dois times que iriam competir sob duas embarcações,
pois de um lado estavam:
Fábio (centroavante), Marcos (zagueiro), Valdir (atacante) e Fabinho (meio campo), de outro estavam:
Hélio (atacante), Edson (lateral), Alcírio (zagueiro) e Fabricio (médio voltante). Pela própria escalação já é possível observar que um time era mais ofensivo do que o outro. Entretanto, esse time de grantes atacantes deu um vexame, pois seus artilheiros pecaram pela falta de experiência e pouca habilidade com o equipamento e também na ciência de escolher a melhor isca. Já, aquele time à "Lá Dunga", foi eficiente em tudo, porque tinha na sua constituição 'jogadores' de notória experiência. Começou pelo piloteiro Alcírio, que tinha o motor mais velho, mas tinha melhor destreza para escolher o lugar certo para molhar a minhoca. Enquanto o Edson quase dormia depois das tarefas inicias de amarrar o bote, o Fabrício começava a exibir seus dotes de pescador e já ia mostrando porque é polivalente nas atividades esportivas, pois inaugurava o sucesso inquetionável da sua embarcação, ao fisgar o primeiro peixinho. Aliás, aproveito para revelar que o BRIOSO acima citado era o nome do barco vencedor da competição.
Era nesse BRIOSO que estava o atleta revelação chamado Hélio Machado. De uns 20 dos peixes que fisgamos, 60% caíram no anzol desse competente pescador. Aliás, como também sou o responsável pela edição da matéria em destaque, posso afiançar que tenho a responsabilidade de narrar estória verdadeira, para respeitar a ética do jornalismo, já que na pescaria não existe ética. Assim, não fica difícil citar que o maior peixe foi fisgado por este inquestionável pescador. As fotos vão registrar que o Jaú que pesquei serviu de jantar para a delegação inteira e ainda sobrou algumas postas para dividir com o zelar do lugar; fora o caldinho de peixe servido como tira gosto.
O fato pitoresco e interessante foi reservado pela própria ação da natureza. Ocorre que estacionamos nossa embarcação numa pequena ilha na orla do rio. Ao chegarmos percebemos a presença de um frequentador do lugar. Era um jacaré de aproximadamente um metro e pouco. Ele estava inerte, não se mexia nem com a feiura dos novos visitantes. Surgiram várias hipóteses: Estava doente? Estava botando? Estava esperando a digestão? Estava atolado? Desistimos de questionar seu estado de moribundo e fomos arrumar as traias para pescar. Passados alguns instantes, escuto aquele barulhão. Olhei para o lado assustado, pois pensei que o jacaré tinha atacado o Alcírio. Ledo engano! Logo descobrimos a razão do estado taciturno do bichinho, pois ele estava era dissimulando. Ou melhor, queria enganar os trouxas. O barulhão que escutei era o jacaré roubando (literalmente) a Cachára recém fisgada pelo amigo Alcírio. Esse foi o único jogo que perdemos, mas não para equipe da embargação adversária, já que a derrota foi para o dono do lugar... Perdemos para o Jacaré. Achas que é mentira? Então veja as fotos...
Fora essa questão que denota o contraste evidenciado no episódio do filme Crocodilo, que espelha a destreza do personagem que vive em áreas nativas, o BRIOSO dominou toda a competição, inclusive no momento de soar os acórdes do violão do Fabrício, que celou o ritmo da música cotejando com o gorjear dos passáros noturnos, atrapalhando o sono dos bichinhos, mas lhe dando noção das nossas noitadas da Turma do Barulho.
Entretanto, só uma ressalva quero fazer à equipe adversária, já que na modalidade cozinha, o Marcos Motta demonstrou merecer a medalha de revelação, pois foi aquele que se encarregou de apresentar um
menu que reforçou nossas energias, até porque o tempero do caldo de peixe estava simplesmente delicioso.
Para dar uma chance e motivar nossos adversários, aceitamos um "racha" de barco, cuja competição rendeu uma medalha para o adversário, entretanto, no fundo eles sabiam porque estavam vencendo, já que nosso barco tinha um
jaú enorme e também várias outras espécies que certamente davam um volume (em peso), muito superior do que o adversário, descontando, evidentemente, o "furgãozinho" e a "kombi" que ali se refugiavam naquele flutuante.Aliás, diga-se de passagem que os únicos exemplares fisgados pelo adversário, foram os peixinhos pescados pelo Fábinho Júnior. Daí se vê como a equipe era fraquinha.
Enfim, deixando as brincadeiras de lado, não tenho dúvida de que os dois dias que ali desfrutamos, serão lembrados por algum tempo. Pena que o Laerte (corneteiro), não estava presente, pois, sua presença iria garantir boas estórias para contar por algum tempo.
As fotos e vídeos dependem do acervo a ser colhido dos vários 'paparazos' presentes, em que pese termos perdido um bom número de fotos com o desastrado mergulho do Marcos Motta, depois de fisgar uma latinha goela abaixo, perdeu o equilíbrio e foi matar a sede juntamente com os Fidalgos da barrenta água do rio Aquidauana.
Para selar a pescaria combinamos que não vamos fazer como muitos que dizem ter pescado e não fazem nenhuma questão de demonstrar na prática o resultado da pescaria. Na próxima quinta-feira estaremos servindo, depois do jogo, um caldinho de peixe, cuja matéria prima foi conquistada pela empolgante disputa acima citada.
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