Creio que não podemos imaginar um PIQUI mais alegre e festeiro, depois que deixamos a marca da última presença da "Bancada da Bola", visto que não é sempre que aquela linda pousada, cercada pela esplendorosa natureza, pode ser recepcionada pela presença de uma caravana tão ilustre em termos de alegria, competência pesqueira, organização coletiva e, sobretudo, pela exibição de artístas que abrilhantaram as noites de sábado e domingo, com muita música e muita descontração.
Não há dúvida de que a turma da "Bancada da Bola" nem precisa de inspiração para magnetizar seus ambientes de festança, visto que a própria essência da sua composição implica alegria, criatividade, empolgação e animação. Esse atributo se desdobra quando seus membros se vêem diante de um cenário de tanta beleza, rodeado por um rio cheio de alternativas pesqueiras, misturando-se com a fauna exuberante, que leva o homem para perto de bichos como: catetos, porcos monteiros, lobinhos, jacarés, carcarás, capivaras, ariranhas, tuiuiús e onças, além, é claro, da grande variedade de peixes.
A caravana, desta vez, estava bem mais servida do que as vezes anteriores, já que, além da equipe da "Bancada da Bola", estavam conosco os cantores do conjunto Kantulivre, nas pessoas de Augusto e Alfredo, dois exíminios executores da música regional, especialmente aquelas originárias do vizinho país paraguaio. Ditos cantores ainda contaram com a presença de Fabrício, que se juntou a eles para tornar mais eclético o repertório. Assim, durante o dia a atividade festiva era movida à base da preparação e execução da pescaria, conquanto, à noite, o contexto da brincadeira se tranformava em acórdes seresteiros, que se estendiam até o momento em que os 'guerreiros' não tinham mais fôlego (durante a madrugada).
O relatório descontraído me permite nomear as embarcações da seguinte maneira: a) Barco 1 (Tucho, Diogo, Alfredo e Flávio), denominado "Os malas"; b) Barco 2 (Edson, Dorna, Bossay e Augusto), "Os caçadores de recruta"; c) Barco 3 (Fabão, Fabinho, Marcos e Rafael), "Os dorme-dorme" e; d) Barco 4 (Alcírio, Hélio, Valdir e Fabrício), "Os cai-cai". Explico: Quanto ao barco 1 nem precisa explicar a razão de ser chamado de "Os Malas". O barco 2, "Os caçadores de recrutas", significa que seus membros gostam de enfeitiçar os recrutas, servindo-lhes doses cavalares de "santo daime". Desta vez, sobrou para o Bossay (As equipe presentes sabem do que estou falando). O Barco 3, chamado de "Os dorme-dorme", recebeu essa denominação em face da conduta de seu líder, Fabío Cortez, que dorme de manhã, à tarde e bem cedinho da noite. O Marcão ficava desesperado chamando seu piloteiro que só queria dormir. O Barco 4 foi chamado de "cai-cai', graças à presença do Valdir Casagranda que, a cada subida e decida do barco era um tombo. Suas camisetas ficaram tingidas de barro. Acho que o amigo Valdir, quando chegou em casa fez um sumiço daqueles panos tingidos, para não mostrar as marcas dos seus escorregões.
No mais, este articulista tem de se curvar ante à competência do barco 1 conduzido pela equipe"Os Malas". Nossos ouvidos ficaram zunindo com as corntagens do seu líder Tucho, contando das suas facetas de se tornar o pescador a fiscar o melhor exemplar; um barbado na medida. Além desse feito, foi o barco que pescou a maior quantidade de pescado, sagrando-se o grande campeão. Foi pesaroso ter de escutar o Tuchão se vanglorinado do seu feito. Entretanto, ficamos contentes com o feito, pois foi a primeira vez que o Tucho e o Diogo compareceram em nossas pescarias. Aliás, elogios para o Diogo que de certa forma surpreendeu na ajuda às equipes, especialmente quanto à limpeza de várias peixes.
O nosso amigo Fabricê, na última noite, era uma alegria só, principalmente quando os músicos Augusto e Alfredo começaram a exibir suas músicas 'italianas' (segundo o Emerson Morilho). O moço queria cantar junto, mas, visivelmente movido pelo efeito etílico só conseguia enrolar a língua, balbuciando frases desconexas e hilárias. Sua maior proeza foi por mim presenciada quando, na escuridão da madrugada, quis alcançar seu leito de dormir, eis que deitou sobre a sombra da sua cama, ocasionando um barulhão tremendo ao cair sobre plásticos e sacolas. Tive de acionar minha lanterna e utilizar de forças guindásticas para removê-lo do chão frio.
Já o Bossay, além da sua alegria peculiar, já que era a primeira vez que foi conosco numa pescaria, passou por 'maus bucados', ao ser colocado lado a lado com o rugido de uma onça pintada. Contou-me o Augusto (músico que partilhava o mesmo barco), que a onça pintada, vendo a embarcação alienígena invadindo seu território, não precisou de muito esforço para expulsá-los daquele local, ao proferir um rugido sonoro e assutador com a força das suas cordas vocais. Disse o Augusto, que sabendo da novel presença do amigo Bossay, experimentou assustá-lo, dizendo que as onças estão prestes a atacar quando emitem aquele barulho. Confidenciou-me o relator da estória que olhou para o Bossay e este demonstrava um semblante amarelado. O pior. Como o motor do barco não pegava o Bossay 'quase teve um troço'. Ainda bem que nosso estreante estava um pouco "gessado" e o trauma foi amortecido.
Elogios para nosso glorioso mestre cuca Alexandre. Uma pessoa de qualidades indiscutíveis, visto ser um cidadão de grande presença de espírito, ao fazer comentários engraçados sobre suas facetas um tanto quanto pitorescas. Enquanto a gente pescava ele ficava no rancho fazendo limpeza e preparando pratos deliciosos. O seu trabalho permitiu que degustássemos peixes fritos, ensopados, churrascos etc. O Marcos Motta é uma pessoa de sorte ao ter no círculo de sua amizade uma pessoa de tantos atributos.
Enfim, nem a chuva impiedosa que caiu na madrugada de sábado para domingo, desalojando alguns acampados, conseguiu amortecer o bilho da nossa jornada festiva. Na segunda-feira era hora de desarmar o acampamento. O cansaço já tomava conta, mas, nem por isso a galera demonstrava desânimo. Seguiam-se os comentários de que foram dois dias muito intensos e que poderiam ser repetidos algumas vezes ao ano.
Segue poucas fotos que consegui registrar com minha máquina, visto que as pilhas falharam logo na chegada. Entretanto, adianto que foram muitos os registros por outros fotógrafos presentes que serão disponibilizados, oportunamente, quando colhido todo o acervo de vídeos e fotografias.
Comentários (8)
Enviado por: Hélio, em: 01/11/2011 09:25
Quero esclarecer que foi o Fabrício que, no seu embalo etílico associou meu chinelo com o modelo dos armaus que figuravam a todo instante nos anzóis dos pescadores. Apelidamos aqueles peixes pré-históricos (em face da sua feiura), de 'Armaus-Kadafis1.
Enviado por: fabão, em: 01/11/2011 10:22
essa maquina fotografica do helio e parceira mesmo!!!!ele que bebe e ela que encherga embaçado!!!!!rsrsrsr alias so anda tirando foto embaçada !!!!!!!!rsrsrsr
Enviado por: Paco, em: 01/11/2011 13:18
Hélio tá na hora de trocar de máquina...ou será de fotógrafo. rsrsrsrsrs.
Enviado por: Bossay, em: 01/11/2011 20:36
É Hélio na hora que a ´pintada deu o esturro não foi bem eu que fiquei com semblante "amarelado", pois tinha muito nego mais experiente que eu naquele barco que não via a hora de sumir daquele local perto do barranco fui!rsrsrs!
Enviado por: laerte [lala], em: 03/11/2011 09:15
o ve se quando for bater foto naõ coloque fotografo cara cheia para bater a foto. naõ dar para ver nada. rsrsrs
Enviado por: k10, em: 03/11/2011 13:05
E aí Bossay, vc ficou apavorado? Nunca tinha sentido uma Pintada vindo atrás de vc no mato? Como foi a emoção da primeira vez? Os amigos ajudaram?
Enviado por: PESCADOR OLHEIRO, em: 03/11/2011 18:22
Dizem que o Bossay só correu porque a pintada era muito grande, HUMMMMMMMMMMMMMMMM..........E alguns gritaram: Fica Bossay, encara, acaba com essa pintada e ele nem olhava para trás, batia o braço e nadava e lá pras bandas do Pequi só se falava num tal de André Marques Cielo Bossay; o homem que nadou 100 mts em 3 segundos com medo de uma pintada, já pensou se fosse uma Anaconda? Muria...
Enviado por: Pescador olheiro, em: 03/11/2011 18:27
Estive conversando com quem foi na pescaria e ele me confirmou que a pintada era tão grande que só UMA pinta dela dava pra fazer um tapete, então o Bossay tem razão, porque uma pintada grande acaba com qualquer homem.