Primeiramente, em nome da "Bancada da Bola" desejo que sua recuperação seja rápida, por se tratar de um atleta muito útil para o nosso grupo.
Quem foi à 'pelada' de sábado a tarde presenciou a ira pluviométrica de São Pedro, visto que ao adentrarmos em campo, nosso glorioso guardião das nuvens abriu suas torneiras e, em poucos minutos o campo estava todo alagado. A estória se repetiu neste domingo. Sai de casa com o sol apontando no horizonte. Entretanto, quando nosso time entrou em campo foi aquele toró d'agua.
As condições adversas do gramado impediu que fluísse nosso vistoso futebol. Resultado, o time adversário - mais abençoado que o nosso (Turma da Igreja) - levou a melhor. Placar: 3 X 2.
Em todo caso, o mais importante do encontro foi a disposição da nossa moçada, eis que alguns atletas demonstravam que não bastava molhar-se em campo, já que o mais importante era molhar a guéla. (Não estranhem... Quem quiser saber a definição dessa saliente palavra consulte o dicionário Lalaurélio).
Aliás, foi num desses papos animados (depois da guéla bem molhada) que surgiu a dúvida sobre uma palavra do nosso dicionário (Aurélio). Alguém disse que o significado de TAPERA seria uma casa velha, mas habitada. Discordei do ilustre palestrante já que sempre soube que TAPERA significa morada rústica (velha), mas abandonada.
Pois bem. Consultei um dicionário online. Copiei a definição: s.f. Bras. Habitação em ruínas. Povoação ou casa abandonada. Lugar feio e desolado.
Esses lugares representam nostalgia e despertam nos poetas sentimentos de ternura porque expressam história de antepassados. Ou lembram de pessoas que foram muito importantes na nossa vida, como familiares, vizinhos... etc.
Coisas mais ou menos, assim...
Oh, tapera velha!
dos meus tempos caboclos.
dos entreveros da peonada
Local onde viveu...
Gente abençoada!
Você arca...
Mas não cai.
Mistura-se com os arvoredos.
Que do pensamento não saia.
Suas paredes de tábua.
Simbolizam a resistência.
Da velha querência.
Seu terreiro não cria guanxuma.
Tão duro que dá dó.
Dos tempos de xote
E de forró.
As velhas sombras abundantes.
São lembranças constantes.
Dos tempos de sertão.
Que nem são.
Como antes...
Autoria: Machadinho.