Tenho
observado muitas manifestações dos internautas interessados em nosso campeonato
de Veteranos, edição 2012, sempre que há reunião do Conselho de Representantes
em face à necessidade de troca de atletas em decorrência de vacância nas
equipes.
Sucede que
muitos não conhecem o verdadeiro papel do CR e, por isso, em alguns casos, há
manifestações equivocadas quanto aos critérios que são utilizados para a
composição das vagas.
Para
que as dúvidas sejam dirimidas recorro ao regulamento da competição, citando os
artigos que preceituam sobre as hipóteses de preenchimento de vagas. Confira-se:
Art.
13º. (...)
Parágrafo
terceiro. A
equipe que perder o atleta, em razão da disposição deste artigo, providenciará
o atleta substituto, submetendo o preenchimento da vaga ao Conselho de
Representantes, devendo a vaga ser preenchida por atleta da mesma categoria,
mesma posição e idade compatível, observando-se a inscrição original. A mesma
regra deve ser aplicada às vagas decorrentes de contusão do atleta inscrito que
implicar em sua ausência em duas rodadas subsequentes.
Parágrafo
quarto. Caberá
ao Conselho de Representantes vetar possível suprimento de vaga que não
preencher tal requisito.
Parágrafo
quinto. A
lista de espera será organizada por categoria do atleta, considerando a posição
e a idade sendo que a inclusão do mesmo no campeonato obedecerá, rigorosamente,
a ordem de inscrição.
Parágrafo
sexto. Quanto
houver mais de uma equipes necessitando de atletas da mesma categoria, será
realizado sorteio para definição da equipe que ficará com o atleta, facultando,
porém, a realização de acordo entre as equipes para a definição dos atletas
aptos que as integrarão.
Claro
está que o regulamento é bem específico sobre o preenchimento de vagas, ou
seja, no certame de veteranos o atleta que entrar deve, em primeiro plano, ter
a mesma faixa etária daquele que sai. Além disso, deve ser jogador de mesma
posição e de mesmo nível. Esta última exigência é no sentido de que não haja
reforço da equipe nesse momento da troca.
Quanto
à lista de espera está evidente que sua organização obedece, preferencialmente,
a categoria do atleta (nível), a posição e a idade, obedecendo-se o mesmo
critério utilizado na inscrição original. Isso impede que as equipes sejam
reforçadas.
Assim,
o único fator que não é objetivo no momento da troca do atleta é a questão
relacionada com o nível do jogador. Sucede que se trata de uma interpretação
subjetiva e depende da visão que cada membro do CR tem com relação à capacidade
técnica do atleta cogitado para preencher a vaga.
Outro
fator que causa controvérsia é o fato de a lista de espera indicar que deve ser
obedecida a sua ordem de inscrição. Entretanto, o mesmo dispositivo indica que
nessa lista de espera deve ser levado em consideração o nível técnico
(categoria), além, é claro, da posição e idade. Isso indica que a lista de
espera deve ser subdividida em atletas que se nivelam entre si, ou seja, a
referida ordem é obedecida só entre estes, por isso não pode haver confusão com
aquele que se inscreveu em primeiro lugar e que aparece no topo da lista,
porque, necessariamente, pode ser um jogador de nível incompatível com a
necessidade da vaga a ser preenchida.
Diante
disso, está evidenciado que não podem os atletas que estão fora das exceções
(acima de 40 anos) sejam substituídos por jogadores que estejam incluídos nas
regras de exceção (abaixo de 40 anos).
A
dificuldade mais acentuada encontrada neste ano é a falta de inscritos na lista
de espera. Muitas vezes, a vaga é para jogador de bom nível e a lista de espera
não oferece esse material humano. Isso leva o CR a ficar à mercê de propostas
externas vindas dos interessados que muitas vezes trazem nomes de atletas desconhecidos.
Entretanto, o CR não tem admitido a entrada desses atletas para evitar o
reforço das equipes.
Tenho
observado, também, muitas reclamações de que uma equipe ficou mais velha que a
outra etc. Pode até ser que isso tenha ocorrido, mas, em face de falhas no
momento da composição das equipes, porque não se observou a igualdade dos
níveis desses atletas de exceções. Sucede, porém, que no momento da composição
das equipes há alguns fatores que fogem da sondagem do CR, como por exemplo, o
atleta não é conhecido; o atleta está sumido a bom tempo e aparece gordinho, ou
fora do peso; está como uma contusão camuflada; está sem jogar a muito tempo e
ninguém sabe; além de o desnível dos inscritos (de exceção), o que requer uma
operação de raciocínio para que um atleta mais velho (de melhor nível) seja
inserido junto com aquele mais novo (de nível inferior tecnicamente) para se
tentar um equilíbrio que muitas vezes não funciona.
É de
ser ver que essas variantes são próprias do campeonato. Aliás, a meu ver essa é
a grande versatilidade que a composição das equipes impõe ano a ano e que torna
a competição tão complexa e tão apreciada por todos. Isso deixa tantos os
representantes de equipes como os atletas que são agregados nas sete equipes, a
se dedicarem dentro de campo para poder superar as dificuldades inerentes á
competição. Assim, determinado representante que hoje está com um ótimo time,
pode ser que no ano que vem encontre as mesmas dificuldades de outro que não
teve a mesma sorte.
Agora,
o que não se pode é desprestigiar o trabalho dos membros do Conselho de
Representantes, com afirmações levianas por parte de alguns que querem ver o circo pegar fogo.
Penso
que sem esses gloriosos membros do Conselho de Representantes o nosso
campeonato não teria o êxito que tem hoje perante a opinião pública. Todos eles
que ali estão não medem esforços para defender os interesses de suas equipes.
Às vezes até entram com propostas que extrapolam as regras da competição.
Entretanto, cabe ao CR vetar aquilo que extrapola.
De
outro lado, penso, também, que os internautas devem fiscalizar e zelar por
essas atitudes que chamamos de “tapetão”. Devem sim ficar de olho nas trocas,
mas, conscientes do que dizem, porque muitas vezes uma observação desencontrada
ou incompatível com o que foi decidido implica em fofoca e em desarmonia ao
invés contribuir com a legalidade do ato em si.