Como é bom voltarmos na
história e enxergarmos que hoje só os nossos cabelos e nossa a barriga tomaram
contornos diferentes de algumas décadas atrás. As paixões, as alegrias, a
música e o futebol sempre estiveram integrados ao nosso bem-estar.
Quando ainda não existia a
‘Bancada da Bola’ quem se encarregava de dar contornos às nossas comemorações
era um grupo que hoje, carinhosamente, chamamos de ‘Oases’. A sigla vem da
abreviação de 60 até ½ que era o nome de um bloco de carnaval que dava trabalho
à Marilu Guimarães (da TV Morena). A gente colocou essa denominação com números
para tentar dificultar o raciocínio da dita repórter. Sucede que ela era meio
lerda e demorava a entender o significado, então alguém se candidatava para
explicar. Assim, o grupo, além de ser destaque na televisão ainda aparecia
alguém de nossa turma dando entrevista. 60 até o ½ era apenas um enigma que
significava um bloco de trinta pessoas. Assim, a sigla ‘Oases’ não é mais do
que a abreviatura de Os Amigos do Sessenta.
Pois é. Hoje o Paulo Brum
apareceu com umas fotos no face e eu tive de copiá-las para mostrar aqui no Mão
na Taça como a gente era há algumas décadas do passado.
A primeira foto expressa um
hobby muito apreciado na época em que nosso grupo era verdadeiramente enxuto,
ou seja, quando a gente tinha um ‘manequim’ de primeira, com físicos de atleta
e barriga ‘tanquinho’. Os acampamentos eram nossas diversões favoritas de
feriado e final de semana. Para variar, os instrumentos de percussão nos
acompanhavam. Um treme terra, chacoalho, tamborim, caixa etc. O Moacir Cardoso
era o violeiro oficial. Às vezes, fazia essa função o Vagner Sávio, Medina e
outros. Onde a gente estava era ‘barulho’ na certa. Não era um samba bem
sambado, mas era um samba ‘aparaguaiado’ que em certas ocasiões mexia com a
galera presente. Às vezes saia carnaval, porque as marchinhas era o nosso toque
preferido. A Colônia de Férias da Associação Comercial era o nosso palco
predileto. Quando a gente chegava era aquele rebuliço.
Já a segunda foto demonstra
outra faceta pouco comum nos dias de hoje. A galera tinha a tradição de no
final de ano armar uma partida com todos vestidos de indumentária feminina. A
brincadeira rendia boas gargalhadas e era bem apreciada pelas namoradas,
esposas e outros que frequentavam o campo da ASPJMS (lá pelos anos 90). Quem é
das antigas aqui no Sindijus participava desse evento. A foto ilustra a
presença de muitos que ainda hoje vestem as cores de nosso sindicato. Sei que a
foto irá despertar muitos corneteiros. Mas, fazer o quê? A foto está muito
engraçada e eu não poderia deixá-la no anonimato em que se encontra. Afinal,
temos grandes amigos que hoje são autoridades e nem por isso deixaram de viver
intensamente aquelas festas descontraídas de final de ano.