A última rodada da fase classificatória foi até certo ponto surpreendente porque as equipes que até então vinham ganhando acabaram sucumbindo, cada uma apresentando problemas que foram a base para que o adversário tivesse superação.

Teve time que teve de esperar até os últimos minutos da rodada para saber se ia se classificar já o que seu resultado (de vitória) não dependia só de si mas de resultado de derrota ou empate de outra equipe.

No primeiro jogo a equipe do Brasiliense sabendo que de nada adiantava empatar ou perder foi pra cima da equipe ‘Bicho papão’ do certame. Aproveitou que equipe vermelhinha estava desfalcada de seus principais atletas e não tomou conhecimento de seus problemas. A entrada de Pitu (centroavante) deu-lhe gás no aspecto ofensivo. Isso levou o time a trabalhar incessantemente no ataque. O reforço deu resultado, tanto que acabou o jogo com o placar favorável de 6 X 0, desbancando a equipe do Atlético Goianiese e, ainda, jogando um ‘balde de água fria’ no seu possível favoritismo, já que o resultado contra o Mixto (na penúltima rodada) e a derrota nesta última rodada da fase são ingredientes para fazê-la ficar apreensiva na partida da semifinal.

No segundo jogo era o Novo Operário quem reunia no elenco aquele fervor de alcançar o resultado. Aliás, essa equipe eu reputo a mais aguerrida da competição, visto que mesmo tendo um elenco não tão conceituado em termo de idade, tem vencido barreiras que os críticos consideravam intransponíveis. Foi a primeira que venceu o Atlético Goianiense na sua fase de extremo  aproveitamento. Agora veio munida de forças para enfrentar a equipe do Goiás que até então estava num crescente positivo. Foi um jogo equilibrado pelo menos no primeiro tempo.  Entretanto, no segundo tempo o Novo Operário foi pra cima porque de nada adiantaria o empate. Conseguiu o gol. A equipe verde não conseguia se entender no ataque. Seu centroavante Jean estava muito isolado. Houve o empate, numa jogada infeliz da zaga operariana, apesar de o time verde já ter perdido um pênalti em cobrança de Jean. Mas, o Novo Operário não desistia e era valente. Foi pra cima até conseguir seu gol com aquele jogador que a galera não o escalava como o possível goleador do time. Cláudio (da Cassems) recebeu uma bola pela esquerda, dominou e chutou para o gol. Estava selada a vitória.

No terceiro jogo vimos a partida mais bem disputada da tarde (noite). A equipe do Mixto sabedora que o empate ou a derrota lhe retirava da semifinal foi para cima do adversário. Entretanto, elogios para a equipe do Cene que mesmo tendo entrado em campo praticamente desclassificada porque só uma goleada histórica lhe salvaria, acabou ‘vendendo’ muito caro a derrota. Lutou até mais ou menos a metade do segundo tempo em condições de igualdade. Mas nessa rodada a equipe do Mixto estava a fim de fazer gol. O atleta Luciano foi o artilheiro da tarde com dois gols. Enfim, a equipe cuiabana fez por merecer a classificação e ganhou o jogo de 4 X 1.

A equipe do Brasiliense é quem não gostou desse resultado. Fabrício, Fabão e outros tiveram que ficar bebendo 'umas' e torcendo contra o Mixto. Mas, como costumo dizer: As equipes que acabam conquistando a vaga são aquelas que dependem só de si porque vão atrás do resultado e lutam até o fim. Foi o caso da equipe do Mixto que estava ‘pilhada’ e a cada gol vibrava como se fosse a final.

Enfim, a rodada classificatória acabou com méritos para as equipes. Os possíveis erros de montagem das equipes foram quase que equacionados com as troca de atletas. Se não foi algo ideal pelo menos permitiu que a competição chegasse ao fim com tanta disputa e tanta expectativa. As disputadas da semifinal e final chegaram como a galera gosta, ou seja, com ingredientes de competição que deixam todas as equipes em condições de chegar ao título.