A tarde-noite de ontem esteve movimentada e apresentou para a galera presente duas partidas equilibradíssimas que ‘quebraram’ qualquer prognóstico daqueles que acham que ainda existe equipe favorita. Ao contrário, depois dos dois jogos de ontem não dá para apostar em ninguém. Tanto a equipe do Mixto como a equipe do Novo Operário enfrentaram as duas melhores equipes da fase classificatória e demonstraram que tem elenco para disputar de igual para a igual a partida decisiva da competição.

No primeiro jogo entre o Mixto e o Goiás foi corrido e disputado desde o momento em que árbitro autorizou a saída de bola até o instante derradeiro quando encerrou a partida. O Mixto correndo atrás do placar adverso já que o Goiás entrou em campo com a vantagem do empate. Entretanto a equipe Verde, sentindo a ausência de destaques no elenco, como Piron e Albertinho, não se encontrava dentro de campo especialmente na articulação entre meio campo e ataque. O centroavante Jean corria para um lado e para outro, mas não conseguia se desvencilhar da boa marcação da equipe cuiabana. Entretanto, era o Mixto que trazia mais perigo quando ia para o ataque. A defesa do Goiás não se encontrava e ás vezes recorria aos chutões para tentar afastar os perigos que rondavam sua área. Foi numa jogada extremamente feliz do ala direito do Mixto que a bola foi parar nos pés do Luciano que dominou e inaugurou o placar. O jogo continuou assim bem perigoso para o Mixto já que o simples empate lhe retirava da final. Mas, no segundo tempo novo gol selou uma melhor vantagem que a levaria para a final. O meia Zé Rodolfo desferiu um ‘petardo’ de esquerda que teve um pequeno desvio e entrou no ângulo do goleiro Paulinho. O Goiás ainda tentou reação e fez seu gol, mas já era tarde e não deu tempo de empatar. Resultado: 2 X 1 para o Mixto.

No segundo jogo a expectativa era imensa. Pudera, já que o Atlético Goianiense, depois de dois tropeços na fase classificatória precisa recuperar-se.  Mas o Novo Operário demonstrou porque tinha chegado. Evitava as melhores jogadas do ataque vermelhinho. Mas numa jogada rápida pela direita o ala cruzou a bola para dentro da pequena área e o atacante Douglas só empurrou a bola pra dentro do gol. Parecia que esse gol ia dar dinâmica ao ataque do Atlético. Mas, foi o contrário, já que o Novo Operário reagiu quase que de forma imediata e através de um chute rasteiro do meia Flávio a bola escorregou por entre as perdas de um defensor e enganou o goleiro Valdecir. Foi parar nos fundos das redes. Daí em diante a partida foi de arrepiar. O ataque vermelhinho não conseguia concatenar suas jogadas e a defesa do Novo Operário sempre se saia melhor. O Novo Operário lutou até o fim, mas não conseguiu fazer o gol que lhe garantiria na final. O empate de 1 X 1 levou o Atlético Goianiense à final.

Uma polêmica foi levantada no final da partida. Sucede que um atleta do Atlético não jogou os 20 minutos estabelecidos no regulamento. Saiu de campo alegando contusão, mas a galera da arquibancada e nem o time adversário se convenceu da autenticidade dessa lesão. O representante Kerson sabedor desse episódio fez registrar em súmula o incidente. Agora caberá ao Conselho de Representante apreciar a questão.

Enfim, independente do que vai acontecer o Mixto e Atlético é que estão na grande final. O Atlético não tem conseguido realizar as grandes partidas que lhe garantiram o estrelato em algumas rodadas atrás, em face das goleadas aplicadas em seus adversários. Isso faz com que a final tenha mais uma dose de adrenalina. A torcida é que vai ganhar com essa nova faceta do campeonato, porque neste momento ninguém arrisca um palpite de quem vai ser o grande campeão. A equipe do Mixto demonstrou que tem garra e os seus jovens atletas, aos poucos, foram crescendo dentro de campo.