Geralmente eu não tenho feito matéria com relação aos jogos das quintas-feiras para que os resultados não sejam motivadores de ‘reforços’ quanto aos próximos compromissos, uma vez que as escritas, às vezes, levam os adversários a se sentirem na obrigação de ‘calar a voz do cronista’.
Mas o jogo de ontem foi bem atípico e por isso merece um destaque especial. Sucede que a questão climática ofereceu um ingrediente a mais na partida.
O fato é que as duas equipes se trocaram e ficaram na arquibancada torcendo para que o ímpeto do temporal se amenizasse para que pudéssemos entrar em campo. Entretanto, a espera foi em vão, pois aos poucos a chuva se avolumava. Então não havia outra alternativa senão enfrentar as intempéries. O Leco veio para perto estudar nossa reação. Ele queria que a gente entrasse primeiro porque assim sua equipe não corria o risco de se molhar inutilmente caso alguém da casa inventasse de impedir a realização da partida.
Nosso treinador PC começou a chamar os jogadores que iam começar o jogo. Aí não teve jeito, os dez nomes tiveram de se apresentar à chuva.
A partida começou com pingos insistentes que batiam em nosso rosto. O goleiro Fábio reclamava que pouco enxergava a bola, visto que as gotículas batiam sobre seus olhos.
Eu corria de um lado para outro e além de tentar driblar o adversário ainda tinha de ficar atento ao chão para desviar das poças d’água. O Fabão teve um momento que foi ajudado pelas circunstâncias já que a bola parou num lugar onde havia acumulo de água. Mas a conclusão foi um fiasco já que ele fez uma força tremenda para dar o chute, mas a bola foi pressionada contra a água e quase não saiu do lugar, embora o gol estivesse escancarado para que a bola fosse às redes.
Já o adversário com jogadores mais encorpados que o nosso estavam levando vantagens. A maioria de seus jogadores eram bem altos e magros. Isso facilitava nas jogadas. Eles iam transportando a bola com maior destreza e aproveitavam mais as jogadas já que os passes eram mais eficientes. Acabamos o primeiro tempo em desvantagem no marcador.
Entretanto, a galera que ficou para o segundo tempo eram os únicos que estavam sequinhos. Aliás, foram beneficiados nesse aspecto já que quando entraram em campo a chuva tinha amenizado. Sem o entrevero das possas d’água e sem o peso do uniforme encharcado esses jogadores que entraram foram essenciais para a mudança de nossas jogadas. Passamos a criar mais no ataque e fomos para cima do adversário. Demoramos a empatar. Isso só aconteceu quando faltavam uns 15 minutos para o final da partida. Entretanto, a partir daí era o adversário que se via encurralado e cansado já não garantia bons desarmes por seus defensores.
Faltando uns 5 minutos para o término da partida veio o gol derradeiro e decisivo para que nosso time saísse com a vitória pelo placar de 5 X 4. Antes disso parecia que íamos chegar ao quarto empate consecutivo.
Enfim, o Leco depois que começou a trazer esse time que é formado em sua maioria por antigos jogadores dos MASTERS lá das vizinhanças do Edson Ferreira, tem dificultado sobremaneira nossas vitórias. Mas ontem nossos jogadores ‘sequinhos’ foram notórios para construir o placar em nosso favor. Assim, pode-se dizer que São Pedro colocou o ingrediente (chuva) nessa partida amistosa e, por consequência, permitiu que nosso time reagisse e ganhasse o jogo.