Estou aqui me preparando para o jogo
das 13hs (México x Camarões), depois vou emendar com o jogo mais esperado da
Copa que será realizado às 16hs (Espanha e Holanda) e fecho o dia assistindo a
partida das 19 hs entre Chile x Austrália. Felizmente e especialmente hoje os
meus amigos da ativa também serão privilegiados com essa rodada. O feriado
emendado lhes dá essa chance. Lembrei-me que há pouco tempo eu também era refém
desses acasos...kkkkkk
O jogo de ontem de nossa seleção
Canarinho nos deu um aperitivo de que a Copa no Brasil pode nos reservar ainda
muita adrenalina, visto que não existe (hoje) seleção fácil. O importante dessa
partida é que tivemos um bom aparato psicológico para enfrentar as
dificuldades. Digo isso porque senti um time soberbo e que não se abalou com o
gol, especialmente nas condições em que ele ocorreu. Ou seja, um lance
inusitado e até vexatório, visto que não foi o adversário quem colocou a bola
para dentro do gol.
Embora o Neymar, (a quem tenho
dedicado elogios em minhas crônicas) tivesse sido um jogador decisivo em face
aos gols que fez na partida, foi o Oscar quem brilhou e carregou o Brasil para
o sucesso. Foi ele quem foi pra cima do adversário. Foi ele quem fez o maior
número de passes certos. Foi ele quem mais desarmou os Croatas. Foi ele quem
fez o gol mais aguerrido da tarde, ao carregar a bola no meio de inúmeros
adversários e concluir com um biquinho (a lá Romário) para o gol.
Isso desmonta a falácia de que o
elenco brasileiro sobrevive apenas de jogadas de um único jogador. O time
brasileiro é muito mais que isso. Têm grandes jogadores de nível mundial. Tem a
defesa mais cara do Planeta. Tem um meio de campo marcador, mas ao mesmo tempo
com características pessoais acima da média de outros volantes, como eram, por
exemplo, os volantes das era Dunga.
Fora a questão do pênalti que tem
rendido manifestações ridículas da crônica mundial, de que a Croácia foi roubada
e que a arbitragem tende a deixar a Taça nas mãos do selecionado brasileiro, o
excrete Nacional demonstrou que está a fim de vencer os jogos e aos poucos ir
conquistando os torcedores menos otimistas.
Hoje o nosso selecionado não é mais
refém de jogadores mais badalados. Na Copa de 1994 a seleção apostava apenas em
jogadores que poderiam decidir fazendo gols, que eram apenas o Bebeto e o
Romário. Em 2002 essa incumbência deslocou-se para Ronaldo e Rivaldo. Foram
esses dois que desequilibraram para nossa seleção Canarinho. Os demais
jogadores do elenco eram aqueles que tinham funções de ‘carregadores’ de piano.
Hoje não! Temos um elenco que a qualquer momento a partida pode ser decidida
por um volante, já que Paulinho, Hernane e Ramires são jogadores que também
decidem fazendo gols. Além disso, têm Fred, Hulk e Oscar que são jogadores
acostumados a decidir uma partida.
É bem verdade que também já tivemos
seleção que encantou e que era considerada a favorita por todos da mídia, mas
em um jogo ‘mata-mata’ acabou sendo desclassificada. Trata-se do elenco de
1982. Esse dado histórico nos leva a não sermos tão otimista, já que em futebol
não se pode olvidar das questões inusitadas e que influem sobremaneira nos
resultados. Uma expulsão, por exemplo! Digamos que o Brasil esteja jogando com
uma seleção de alto nível e durante a partida tem um jogador expulso. Isso vai
deixar o time refém de um dado negativo.
Entretanto, o bom da filosofia do
futebol é que a lógica não é tão lógica assim! O importante é que temos um
selecionado confiável. Sabemos que nosso time reúne jogadores de alto nível. Temos
a consciência que iremos enfrentar outros excretes que possuem jogadores de
renome mundial; só que temos em ‘nossa manga’ o trunfo chamado torcida. Além
disso, a pressão para arbitragem é maior sobre o time da casa. Talvez tenha
sido esse o aspecto psicológico que levou o árbitro Japonês a apitar aquele pênalti
que a mídia considerou inexistente. Não temos nada com isso. A Argentina já
levou Copa do mundo com o seu ídolo fazendo gol com a mão.