Todo
selecionado tem aquele jogador que é considerado acima dos demais. São raras as
seleções que possuem mais de um craque em seu elenco. Nesta Copa talvez a só
Holanda (até este momento) tenha
alcançado a fama mais notória nesse quesito em face de ter em seu elenco dois
atletas ( Van Persie e Robben) que estão
sendo destaque em seu excrete. Todos os
outros selecionados têm seus astros, mas poucos brilham intensamente. Até o
time de Camarões que enfrentou o Brasil no dia de hoje tem sua estrela o Samuel
Eto’s que, para nossa sorte não pôde jogar em face de uma contusão.
Exemplo bem evidente
vem do elenco Argentino que possui Leonel Messi. Nossos ‘hermanos’ sofreram
para ganhar do Irã, mas numa jogada isolada de seu melhor jogador, num chute de
rara felicidade o placar foi selado em 1 X 0 e a Argentina conquistou os três
pontos importantes para sua classificação.
Mas, o
exemplo mais contundente vem do selecionado Canarinho. Sou fã incondicional de
Neymar e por essa razão posso ser suspeito para, mais uma vez, destacar o
quanto esse jogador é importante em nossa seleção. É ele quem tem decidido os jogos. Com 4 gols e
três jogos os zagueirões têm feito de tudo para pará-lo, mas isso se tornou um
martírio, já que sua criatividade e sua ginga são tão insinuantes e perigosas
que é difícil impedir seu ímpeto de artilheiro.
Acredito que
são esses destaques que têm feito da Copa no Brasil um ingrediente de sucesso
que muita gente duvidava. Ninguém gosta
da disputa burocrática onde predomina a marcação. A magia do futebol é a arte
de se jogar com classe. Hoje o Neymar deu dois chapéus em um camaronês que
valeu o ingresso para quem foi ver o jogo do Estádio Mané Garrincha. Ele ‘chapelou’
de frente e depois de calcanhar deu o passe para outro jogador brasileiro. São
lances dessa natureza que encantam o torcedor.
Agora vem o
Chile. Mais um jogo de arrepiar. As emoções vão surgir no momento em que for
dado o pontapé inicial até quando o árbitro encerrar a peleja. As equipes do continente americano, em face
da proximidade geográfica e de disputas regionais como a Libertadores têm se
nivelado nos clubes e, por conseqüência, nivelam-se, também, nos
selecionados. São equipes acostumadas à
pressão. Sempre complicam para o Brasil em momentos decisivos. Marcam em bloco
e acabam gerando nos jogadores brasileiros determinada insegurança em face de
não se permitir as evoluções individuais. Isso acaba minando no aspecto
coletivo e prejudicado os esquemas táticos.
Vai ser mais sufoco
para nós brasileiros! Não será um jogo fácil porque o Chile tem sido destaque
no próprio país em face de reunir elenco de qualidade, com a maioria dos
jogadores atuando na Europa, em grandes clubes.
Entretanto,
nós contamos com o inusitado. Somos criativos individualmente e hoje temos
jogadores acostumados à pressão de um jogo decisivo, embora nesta ocasião as
coisas têm-se apresentado de uma forma mais ‘pesada’ em termos de
responsabilidade já que os jogadores representam uma Nação inteira e não apenas
as cores de um clube. Nosso selecionado
tem de aprender a controlar a ansiedade. Isso nos pareceu um obstáculo a ser
superado no jogo de hoje. Mas o Felipão percebeu e deve trabalhar durante esta
semana este aspecto psicológico.