Confesso
que não é fácil pra mim ser repórter, cronista e representante de time. Hoje,
acordei sem vontade de ser cronista, visto que a tarde-noite de ontem foi a
pior possível para a equipe que dirijo. Não porque perdemos, mas em face da
crise interna que se estabeleceu no selecionado Russo. Creio que terei de desistir de uma dessas funções
no próximo campeonato. Diante disso, acho que teria de abdicar dessa
responsabilidade de ser representante. Administrar a vaidade humana não é
fácil!.
Como
diria o ditado: - Coisas do ofício!
Mas,
deixando o desabafo de lado, a rodada foi ótima para quem assistia. Sem dúvida
este campeonato reserva as maiores emoções da última década. Nunca se viu em
nossa arena uma tarde-noite tão cheia de gols. Foram 22 gols nas três partidas.
No
primeiro jogo entre a Alemanha e o selecionado Inglês, já era de se esperar um
jogo equilibrado. Inglaterra com suas qualidades defensivas e a Alemanha com a
sua qualidade individual que causa expectativa nas arquibancadas. Há quem diga
que individualmente a Alemanha seja a mais qualificada. Viu-se um jogo bem
disputado. A Alemanha era mais insinuante em suas jogadas de ataque. A bola era
bem trabalhada e a Inglaterra se via acuada em seu campo. Parecia que a
Alemanha ia ser protagonista. Mero engano! A Inglaterra correu atrás do placar
desfavorável e obteve êxito em suas pretensões, visto que em certa parte do
jogo estava com o placar desfavorável, mas, saiu de campo com o empate de 2 x
2.
No
segundo jogo uma surpresa! A França já tinha demonstrado recuperação na rodada
anterior. O Brasil, apesar de estar sob certa vanguarda em rodadas anteriores,
ainda não tinha comprovado a sua força ofensiva. No início não parecia que o
Brasil iria tentar se recuperar no segundo tempo visto que acabou a primeira
etapa perdendo de 3 ou 4 a zero. Frise-se a excelente tarde do centroavante
Marcelo Teixeira. O homem estava encarnado de espírito artilheiro. Em jogadas
bem tramadas pelo ataque Francês Marcelo só ia “empurrando’ a bola para as
redes adversárias. Marcelo tem demonstrado ser o único centroavante legítimo da
competição que tem demonstrado eficiência. Os outros, não têm saído tão bem
como ele. Mas, veio o segundo tempo. Distrai-me um pouco na minha atenção com o
jogo, visto que precisava me preparar e conversar com minha equipe para o jogo
derradeiro. Quando voltei minha atenção na partida observei que o selecionado
brasileiro já tinha quase encostado no placar. Entretanto, sua tarefa não era
nada fácil. Teria que fazer alguns outros gols para chegar ao sucesso
definitivo. Não teve forças. A França,
em jogadas de contra ataque conseguiu fazer outros gols no segundo tempo.
Estava selado o placar de 7 x 5 e a equipe brasileira estacionou nos seus 5
pontos na competição, enquanto a França lidera e já está praticamente classificada
para as semifinais.
No
terceiro jogo a decepção Russa. O selecionado (que será anfitrião da Copa de
2018) não tem demonstrado na Arena Sindijus uma performance capaz de
credenciá-la para as semifinais. Mais uma vez, não soube administrar a virada
no placar. Sucede que a equipe Argentina fez seu gol bem no início do primeiro
tempo. Entretanto, em certa parte do jogo conseguiu virar esse placar e estava
vencendo por 2 x 1. Não segurar o adversário que veio com tudo pra cima da
equipe Russa. Com o gol contra a Argentina chegou ao empata. Entretanto, o ala Edson Ducatti estava inspiradíssimo. Numa
jogada de falta acionou a bola pelo alto e Átila, de cabeça, desempatou o jogo.
Daí em diante a equipe Russa se perdeu em campo. Ficou desordenada e sem saber
se defender. Especialmente depois do gol contra. Em outra jogada esplêndida do ala
Edson Ducatti, em uma cobrança a ‘lá Nelinho’ cobrou uma falta pela ala direita
desferindo um chute certeiro no ângulo direito do goleiro Carlinhos. Estava
selada a vitória argentina. A equipe Russa não tinha forças para mais nada. 4 x
2 justo em favor do selecionado argentino.
Enfim,
todos estão na ‘briga’ ainda, mas, importante frisar que em um campeonato tão
equilibrado como este, a tendência é de se classificar as equipes mais unidas
onde seus atletas consigam entender que em um selecionado, o que deve
prevalecer é o interesse do grupo e não as aspirações pessoais de alguns de
seus jogadores.
Boa
sorte para todos!