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Falando em pescaria.


Publicada em: 07/02/2012 13:20
por: Hélio da Rosa Machado

                    Ao abrir o e-mail de hoje, percebi que nossos contadores (Flávio e Valdir) estão empenhados em cumprir seu papel de operadores da conta conjunta aberta pelo nosso grupo de pescadores, com o fim de arrecadarmos fundo suficiente para custear nossas pescarias deste ano.

                    Aproveito a deixa para, em nome de todos os beneficiários, agradecer essa iniciativa desses briosos companheiros. Essa responsabilidade foi subrogada a pessoas de nosso apreço e de nossa confiança. Por isso, todos nós, temos absoluta certeza que tudo se encaminhará para uma pescaria de muito êxito, logo que o período da piracema estiver esgotado.

                     Foi com base nessa nova opção de lazer da "Bancada da Bola", que me lembrei de uma antiga matéria que publiquei em meu site literário, a qual, faço questão de republicá-la no MÃO NA TAÇA, visto que reflete nossos anseios em termos desse esporte. Além do que, faz boa alerta sob nossa responsabilidade com o meio ambiente.

                      Segue a matéria.

 

ESTÓRIAS DE PESCADOR.

(Hélio da Rosa Machado)

 

É impressionante o quanto as pessoas que vivem nas áreas urbanas estão procurando sair do ambiente cinzento das grandes metrópoles para alcançar um recanto natural, próximo da natureza, onde não exista a barulheira das fábricas, veículos, máquinas etc. etc, na busca de ar puro, de visual verde, onde se possa ouvir o cantar dos pássaros, a melodia do bem-te-vi, o alvoroço do sanhaço, o revoar dos periquitos, o assanhamento dos tucanos quando acham a fruta e, até, o rufar grave das pombas jurutis quando entoam a canção do acasalamento.

Costumo freqüentar, em certos finais de semana, uma localidade próxima ao rio Aquidauana, onde vive meu pai, depois de aposentado. Não posso afirmar que o rio seja rico em peixes. Talvez seja o lugar que me atrai – apesar de rústico – já que quando lá estou vem a sensação de natureza virgem, com o desfrute de matas nativas, onde circulam os bichos de diversas espécies como pacas, cotias, capivaras, lagartos etc.etc.

Não raras vezes, quando meu irmão – hábil na pilotagem – também está presente, costumamos sair pela redondeza num barco a motor, ocasião em que a visita fica mais brilhante. Quem conhece o rio aquidauana, naquela região, sabe que o curso natural é cheio de correntezas e de incorreções no trânsito de suas águas.  Alguns lugares são bem profundos e outros bem rasos. Por vezes surgem pedras imensas que têm de ser desviadas para não ocorrer avarias na embarcação.

Essa incursão aquática nos leva – além do gosto pela pesca – a um visual inigualável, pois existe a sensação de interação com a natureza, ocasionando certo frio na espinha, ao sabermos que estamos diante de uma situação excepcional para a qual não temos o domínio, considerando que não se trata de uma atribuição cotidiana.  Ficamos submissos a uma situação indelével de acomodação, mas também de eventual perigo, eis que o piloto menos experiente pode levar o barco a bater em alguma pedra.

Nesses entreveros é que surgem as estórias de pescaria. Diz a literatura popular que os pescadores tendem a relatar fatos razoavelmente inexistentes. Explico: Como me considero uma pessoa adepta a essa modalidade de lazer não posso admitir que nossa categoria seja chamada de mentirosa. Admito, no mínimo, o exagero do “causo”. Pode ser que o narrador, empolgado, assuma proporções um pouco além da realidade,  mas sempre haverá um elo de verdade, mesmo que seja apenas uma vírgula no contexto de uma estória de muitos pontos e muitos parágrafos. Entendeu? Acho que não... Estória de pescador é assim mesmo, ninguém precisa entender, basta que ela exista, para dar maior brilhantismo a esse valioso momento de lazer.

Conto uma dessas: Meu pai armou um anzol com mandioca assada – isca muito boa para pegar pacu. Como o peixe não vinha e era hora do almoço, resolveu deixar o molinete armado no escoro do barco. Quando voltou do almoço havia um enorme pintado de uns 08 quilos no anzol. Como pôde aquela isca atrair o peixe de couro, que só come minhoca ou isca viva? A explicação: a isca utilizada atraiu uma piraputanga e esta por sua vez atraiu o pintado. Acredita?

O que importa nisso tudo, não são as estórias hilariantes, pois a sabedoria popular já aprendeu a absorvê-las com bom humor. Vale mais a diversão e a forma de relaxamento que o pescador se envereda nessas ocasiões, já que, geralmente, o certame vem agregado a uma boa cerveja, estupidamente gelada, dentro dos isopores, que saem de casa – com uma capacidade mais acentuada – com a desculpa de trazer o peixe, mas que no fundo a sua posse só se justifica ante uma maior quantidade de latinhas que sempre acompanham o pescador nato.

O bom pescador não é aquele que vai ao rio e traz para casa um freezer cheio de peixes. Esse talvez seja o objetivo de quem vive disso.  O pescador amador deve conscientizar-se de que a natureza sempre que agredida responderá com a redução de seus recursos naturais.

Assim, a melhor solução é ir ao rio e pescar o suficiente para comer naqueles momentos, ou, se trazer algum exemplar, obedecer, rigorosamente, as leis ambientais. Só assim, esse lazer ainda se estenderá por muitos anos. Do contrário, num futuro remoto, só iremos encontrar leitos ressecados e apenas a saudade desses momentos de felicidade.



Imagens

Na próxima pescaria vamos atrás desse exemplar da foto.

Comentários (4)

Enviado por: Diego Furquim , em: 07/02/2012 21:05
Hélio, fui pescar esses tempos lá no Rio Aquidauana em Rochedo e deixei uma vara na espera. Na hora que eu fui conferir tinha um dourado. Quando fui limpar acredita que tinha uma vela acesa na barriga. Verdade não é história de pescador não.

Enviado por: Hélio, em: 08/02/2012 13:33
Diego, diz a lenda que os dourados são assim...brilhosos, porque sua cor fulgurante emana de dentro para fora. Quem sabe essa questão (da vela acesa dentro dele) não seja a explicação lógica para esse brilho (dourado)? A minha estória foi verdadeira, mas a sua...convenhamos...desafia a química e a física.

Enviado por: k10, em: 08/02/2012 17:52
Quando eu era pequeno e morava as margens do Rio Miranda em Jardim, lá pela Vila Brejão, meu pai me ensinou a pescar dourado iscando uma vela acesa, quando era com vara de bambu eu colocava uma vela comun, quando era de espera eu colocava uma vela de 7 dias, deve ser essa que rodou o rio e o Diego encontrou, por favor devolve a minha vara Diego ela é de estimação.

Enviado por: Pescador mesmo, em: 08/02/2012 18:03
Já soube de gente que encontrou lanterna e até lampeão a gás na barriga de dourado, depende do lugar, da peixe grande, e dependendo dos pescadores, tambem da grandes mentirosos, vai muito da isca usada.

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