Aproveitando
fato de estar ‘no estaleiro’ e de ter muitas horas pela frente sem ter como
usufruí-las fisicamente, tento aproveitá-las no campo da reflexão através de
meus escritos, mesmo que a digitação tenha de ser feita pelo método ‘cata milho’.
Sei que muitos
que acessam este site gostam desse programa. Aliás, muitos brasileiros
partilham desse ponto de vista.
Sem falso
moralismo, não comungo desse entendimento por ele ser exibido na chamada TV aberta
e em face de sua remodelagem ter ultrapassado os limites do ponderável.
Trata-se apenas
de uma opinião...
Segue matéria:
As BBBs voltarão à TV
Esse tal de BBB
se tornou algo típico de polêmica porque de um lado emergem as cifras em favor
da emissora protagonista, de outro, a necessidade urgente de se rever as grades
dos programas televisivos, visto que sociedade reclama da indiferença com a
nossa educação moral, quando são colocados no ar reality shows dessa natureza.
Para mim tal
sigla que originalmente se chama BBB, não passa de mera exibição de BIG BUNDAS
BRASILEIRAS (sejam femininas ou masculinas). Nada mais que isso, tamanha a
ausência de significado nessa clausura de jovens que se reúnem em determinado
espaço físico para apresentar, ao vivo, as maiores amenidades humanas que já se
viu em uma jornada TELEVISIVA. Há ali um contexto de simulação e de jogo de
cena que emita a arte teatral, visto que, sob o pretexto de apresentar ao
expectador a verdadeira identidade do participante cria-se um perfil de gente
vitimada pela sorte que, através da prisão da alma se identifica com o drama
cotidiano do cidadão brasileiro. Puro jogo de cena. Começando pela
personalidade de cada participante e desaguando nos casos amorosos que,
historicamente, não têm sobrevivido dias ou meses quando a porta do curral é
aberta. Raríssimas exceções exemplificam a pureza dos amores que ali se
desenvolvem.
Entretanto, a
sociedade brasileira mais ‘antenada’ clama
por um basta. Colhe-se de um site de notícias de que: “Paralelamente, nas
redes sociais, corre movimento com objetivos de juntar um milhão de
compartilhamentos para retirá-la do ar, tal qual o movimento que redundou na
Lei da Ficha Limpa. Iniciativa de eliminar o BBB é válida, com esperança de
que, depois, ao menos, 1% dos futuros ‘vencedores espectadores’ dedique-se à
leitura de livros por uma hora ao dia”.
Essa iniciativa
é uma demonstração clara que a sociedade brasileira está mais participativa no
seu contexto político. Os cidadãos de hoje já são capazes de mostrar sua cara
nas horas da revolta. Está aí mais uma demonstração de que as redes sociais têm
se tornado um instrumento inquestionável de avanço democrático. O caminho
virtual está contribuindo com a evolução dos interesses coletivos. É como se o
cidadão fizesse uma exposição de seu voto nas urnas. É o povo dando seu recado
aos poderes econômicos: Parem de nos colocar à beira do ridículo, porque vocês
estão pondo no mercado um produto que nós não queremos comprar. Assim, as redes
sociais soam como um alerta sobre a procura.
Mas isso não é
o suficiente. Se nós quisermos o fim dos BBBs globais só há jeito mais eficiente
de tosá-lo ou de reduzir o ímpeto dos patrocinadores. A solução é buscar entre
as pessoas de nosso círculo de amizade o boicote às ligações populares. De nada
adianta a gente falar sobre os meios supérfluos do programa, porque esses BBBs
além de representarem as fantasias eróticas das pessoas ainda aguçam um
elemento químico das sensações humanas que é a curiosidade e a ganância de
enxergar o que é proibido para os olhos. O programa exibe um ingrediente que
mexe com o lado excêntrico do povo ao influenciar as opiniões. Ele funciona
como se fosse um pêndulo que oscila entre a maldade e a bondade.
Entendo que
esses BBBs são mais nocivos para a sociedade de que uma novela que expõe
(pressupõe) cenas de sexo. Sucede que na novela são os atores que dissimulam um
ato onde o telespectador sabe não ser verdadeiro. Isso não ocorre no reality
show, visto que, à grosso modo, o telespectador
leva em consideração o fato de aqueles enclausurados estarem vivendo um
ato espontâneo.
As pessoas não
são proibidas de terem suas paixões, nem devem ser frustradas de serem atraídas
por coisas extravagantes em termos dos costumes. Seria hipocrisia negar que o
indivíduo não tenha tentação. Entretanto, o que existe ‘a quatro paredes’, ou no recôndito da particularidade são direitos
protegidos constitucionalmente, em face ao direito à privacidade e do sigilo.
Isso só interessa no campo da individualidade. Quando isso passa a ser exibido
em um contexto externo atingindo outras pessoas, a questão toma rumos
diferentes, porque a sociedade múltipla é dotada de valores morais e precisa
preservar os bons costumes.
Assim, sem
moralismo leviano, penso que é hora de a emissora global utilizar seu espaço
nobre com outros programas populares, de entretenimento, que sejam menos
prejudiciais para a sociedade brasileira.
Comentários (2)
Enviado por: José Robson, em: 02/11/2012 14:41
Bueno, como diz o gaudério: eu, mesmo que naquele tempo ainda meio que estava de "queiros", mas não deixei de adotar a "filosofia" e, hoje, digo que sou do tempo do "é proibido proibir"! Como se diz no interior, "cada um sabe onde o sapato aperta"! Meio que rio sempre em direção ao mar: "obstáculo é para ser contornado!" (e dê-lhe "curva de rio" - mas não importa, ele chega!)
Do que eu estava falando mesmo!
Enviado por: HÉLIO, em: 06/11/2012 08:39
ATENÇÃO:Como todos já sabem estou no DM. No entanto, quero sair na foto do time do TJ finalista da 1ª Copa Integração do Poder Judiciário. Lá estarei com o braço gessado mas com a voz boa para torcer. Aproveitando o ensejo solicito aos atletas da 'Bancada': FLÁVIO, PIRON, HEDERSON e ARTUR para a FINAL dia 9.11.2012, na Arena do ELIAS GADIA, às 19:00 hs. É na próxima sexta-feira. Vamos enfrentar de igual para igual a ótima equipe da Assessoria Militar do TJ-MS.