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Homenagem a um ícone de nossa história.


Publicada em: 20/03/2013 13:02
por: Hélio da Rosa Machado

Dia desses o Cezar Augusto, filho do saudoso Valdecir, incumbiu-me de descrever a história de seu pai no sentido de que ele (solicitante) pudesse se valer de tal histórico para comprovar as atividades de seu pai junto ao contexto dos servidores do Poder Judiciário, com o fim de reivindicar (em nome de seu falecido pai) o nome de uma rua desta Capital.

Segue a matéria:

 

EXEMPLO DE VIDA

Foi com muita honra que recebi o convite de Cézar Augusto Machado, filho do saudoso Valdecir Messias Rodrigues Machado para explanar e historiar a vida deste inesquecível amigo que um dia esteve entre nós e deixou a marca de suas obras sociais e funcionais.

Quando desejamos falar de uma pessoa que foi exemplo de vida muitas coisas surgem em nossa memória, mas é preciso cautela para não se correr o risco de se deixar levar pelas emoções, especialmente quando essa pessoa já transpassou a barreira da vida e deixou em nós a sensação de presença constante, em face da sua luta e da sua perseverança em seguir em frente.

Conforme já afirmei falo do amigo VALDECIR MESSIAS RODRIGUES MACHADO, cuja pessoa foi a primeira a dirigir-se a mim logo que ingressei no Tribunal de Justiça, nos idos de 1980. Ele era um desportista nato e minha posse na Corte sul-mato-grossense significava mais um integrante do elenco que iria representar as cores de uma nova agremiação chamada ARTJMS (Associação Recreativa do Tribunal de Justiça do Estado de Mato Grosso do Sul).

Foi ali, naquela apresentação que senti a energia e a vitalidade daquele novo amigo. Era um cidadão confiável, sorridente, solícito, boa praça, com liderança nata, de palavras fáceis que sabia cativar pelo tom da voz e pela sutileza de raciocínio. Sua alegria de viver era eloquente e sem precedentes. Um cidadão do povo que não era político de profissão. Era apenas uma pessoa simpática que perambulava pelos corredores da Corte de Justiça falando alto e exibindo um sorriso de boas-vindas sem qualquer tipo de preconceito. Foi amigo dos brancos, dos mulatos, dos amarelos, dos índios, ou de qualquer raça com quem pudesse se relacionar.

 Depois de essa primeira proximidade, jamais houve um momento sequer que eu pudesse temer que aquele cidadão loirinho e de comportamento trigueiro pudesse ser alguém rabugento ou de difícil convivência. Ao contrário, dali em diante nós passamos a ter um convívio de respeito e de partilha quando o assunto era relacionado com a nossa paixão de reunir nossos amigos em torno de uma peleja de futebol.

Mas, não era um cidadão descansado que só queria usufruir dos encontros em torno de nosso lazer. Tinha dom para ser mais do que isso. Assumia os compromissos, tomava frente das responsabilidades. Ele queria ser alguém que comandasse. Queria ser líder. Mas, não era um querer por querer em nome de ideias egocentristas. Seu idealismo de construção era uma mola propulsora de crescimento individual e coletivo. Por isso assumia as tarefas quando elas eram engrandecedoras e capazes de levar ao bem-estar de todos.

Foi nesse ritmo de liderança que ele, aceitando nosso convite assumiu o desafio de construir a maior obra que os servidores do Poder Judiciário poderiam sonhar naquela época. Nossa querida ARTJMS já tinha dado o maior passo de sua história e seus líderes precisavam de gente que fosse de fibra para continuar a obra, já que nesse instante já tinha surgido a saudosa ASPJMS (Associação dos Servidores do Poder Judiciário sul-mato-grossense).

Era preciso coragem para assumir o papel de se construir uma sede social que fosse algo compatível com o futuro da categoria. E foi na companhia desse amigo, sob a tutela e responsabilidade de um grupo de servidores do Poder Judiciário que adquirimos um terreno no Parque dos Poderes com o fim de edificar nossos sonhos. O Valdecir era o responsável por gerir essa obra. Foi ele quem contabilizou e compatibilizou receita e despesa para que se chegasse ao nosso desiderato. Encomendou os projetos com um antigo engenheiro do Tribunal de Justiça (Eduardo Langraf) e sob o acompanhamento técnico desse profissional começou a grande obra. Em um ano nossa Diretoria pode inaugurar um clube que hoje é a paixão de nossos servidores, já que se trata de uma obra monumental, com piscina, quadra de areia, campo suíço, campo oficial de futebol (com iluminação e arquibancada), quiosques com churrasqueiras, salão de festas, quiosques principal para eventos médios etc.

Sua liderança sempre foi incalculável. Depois que ele ficou mais veterano e adquiriu aquela preponderância abdominal sentiu que era hora de se afastar das disputadas mais acirradas dentro de campo. Foi aí que, mais uma vez, surgiu seu ímpeto de liderança e companheirismo. Vendo que seus antigos funcionários da gráfica do Tribunal de Justiça estavam com pouco espaço para participar de eventos mais competitivos criou mais uma etapa de sua gestão humanista. Como o nosso campo suíço estava praticamente sem uso ele inovou e mesmo não sendo mais membro da Diretoria começou a reunir essas pessoas naquele espaço esportivo. Daí surgiu o grupo que carinhosamente chamamos de ESPROVAL (Escolinha do Professor Valdecir) que até hoje, depois de sua ausência ainda resiste e matem-se vivo e atuante.

Mas não só isso. De longe eu acompanhava outra faceta que era possível de se constatar a olhos nus já que havia outro contingente de pessoas lideradas por Valdecir. Era outro grupo que também se agregou em função da sua perspicácia de sua ousadia em produzir coesão. Sucede que nosso homenageado era muito religioso e por essa razão acabou fazendo novos amigos em sua paróquia. Certamente em face de seu tino de liderança sentiu que aquelas pessoas não poderiam se reunir só para trabalhar pela Igreja. Sentiu que era hora de unir aquelas pessoas em torno do lazer. Verificou que muitos deles também gostavam de jogar bola. Tomou para si a responsabilidade de reunir tais pessoas em dias compatíveis. Acabou formando, paralelamente, outro grupo de expressão que nós, amistosamente, denominamos de grupo da Igreja. Essas pessoas também continuam o legado de nosso amigo Valdecir e até hoje se reúnem para jogar seu futebol.

 

OBS. O texto é mais amplo e com a assinatura da Diretora Geral (Zelma Munhoz). Também reconstrui em palavras a história de Valdecir nesta Corte de Justiça sul-mato-grossense, porém, interrompo neste momento a narrativa, porque são fatos da vida profissional privada que não cabe a mim publicar.

O que interessa para nós é só a sua trajetória na parte social e esportiva do Sindijus.



Imagens

Imagem de nosso amigo com o uniforme que o consagrou na ESPROVAL.

Comentários (2)

Enviado por: Paco, em: 20/03/2013 15:11
Pequeno grande homem...que Deus o tenha.

Enviado por: Marcello ultimo Samurai, em: 20/03/2013 20:33
Parabéns mais uma vez ao Helio,pelo resumo sobre uma pessoa,que realmente marcou todos os que conheceram.Uma pessoa unica,com um coração maior que o mundo, carismático,que deixa saudades e grandes recordações. Um exemplo de pessoa,que todos nos devemos seguir.Valew Valdecir,fica com Deus meu irmão.Saudades eternas dessa grande pessoa..desse grande homem que era e ainda sera em nossos corações.

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