A tarde
noite de ontem foi daquelas para ficar pra sempre em nossa memória tamanha as
emoções que a galera presente teve de protagonizar em face das disputas dentro
de campo e dos alaridos de arquibancada, uma vez que parte desta era torcedora
do vermelhinho do Toninho e outra, talvez um pouco mais expressiva adotou o
time pretinho do Valdir, para torcer.
Tudo
começou com a disputa de terceiro lugar entre as equipes do Goiás e do Novo
Operário. Infelizmente o elenco carijó estava expressivamente desfalcado tanto
que entrou em campo com só dez jogadores (contando com o goleiro) e assim
permaneceu até o final da partida. O resultado disso foi um domínio quase que
total da equipe Verde. O Goiás movimentava seu ataque de forma bem dinâmica e o
jogador Jean chegava até com facilidade ao gol adversário, mas desperdiçou
ótimas oportunidades. Entretanto, quando saiu o primeiro gol a ‘porteira se
abriu’ como diz o jargão popular. A partida acabou com o placar de 6 X 1 em
favor do Goiás.
No
segundo jogo a expectativa era grande. Um pouquinho de atraso em face de o
sonoplasta Alex estar fazendo alguns ajustes para a execução do Hino Nacional.
Depois de tudo arrumado o mastro das bandeiras contava com o inesquecível
colaborar da Delegacia Sindical, o ex-diretor social Vailton. Do outro lado
estava o então Presidente geral do Sindijus, o Clodoir Vargas que, pelo que parece
agora quer estreitar os laços com as nossas atividades sociais e esportivas.
A bola
rolou depois do pontapé inicial desferido pelo Deputado Marquinhos Trad que foi
convidado especialmente para o evento.
O jogo
permaneceu extremamente disputado boa parte do primeiro tempo. De um lado o
ataque do Atlético através de Rodriguinho que se movimentava pelos vários
setores de ataque, mas a marcação séria e competente especialmente de Joel não
o deixava à vontade para concluir para o gol. De sua parte o time do Mixto no
primeiro tempo parecia mais empenhado em equilibrar o jogo com o planejamento
de não deixar o adversário jogar e complicar seu ímpeto de ataque. Deu certo,
porque ao mesmo tempo em que permitiu fazer movimentação no banco de reservas
ainda concluiu essa etapa com zero a zero no placar.
Até boa
parte do segundo tempo a partida continuava truncada com destaque para os meio
campistas da equipe comandada por Toninho Ávalos que se movimentavam para ver
se propiciavam boa oportunidade para o chute forte de Diego Bezerra. A
estratégia não conseguia surtiu efeito, pois a equipe do Mixto não descuidava
nem um segundo da marcação no setor do campo, já que os seus jogadores sabiam
que ali é que se localizava o setor mais forte do adversário.
Entretanto,
foi a voz de comando que garantiu o primeiro gol. Sucede que a equipe do Mixto também
tinha um trunfo (como o Atlético) em
termos de bola parada e de chute certeiro. Numa falta fora da grande área a
galera da arquibancada quase que em sinfonia com o técnico do Mixto exigia que
a cobrança fosse feita pelo jogador dono do ‘petardo’ no pé esquerdo. E foi
ele, José Rodolfo, que em um chute rasteiro (com o gramado molhado) e de ‘três
dedos’ fez a bola vencer o goleiro Valdecir.
O jogo
continuou sem definição mesmo com o placar em favor do Mixto, já que o Atlético
tinha jogadores habilidosos e velozes e a qualquer momento poderiam surpreender.
Mas, o setor defensivo da equipe cuiabana não descuidava em nenhum momento. Com
a entrada do zagueiro Enedino as coisas ficaram mais fáceis. Além disso, os
próprios jogadores Alencar e Joel estavam numa tarde inspirada e cuspiam fogo
quando ia para as jogadas.
Entrou o
Valdir em campo. Eu, como seu amigo afirmava para aqueles que me rodeavam. Ele
vai fazer o gol do título. Dizia isso em função de vê-lo, todas as vezes que
entravam em campo, dando maior dinâmica ao ataque em face da sua velocidade.
Não demorou 5 minutos e depois de uma chegada rápida feita pelo Marinho (filho
do Mário Luiz) a bola foi parar nos pés de Valdir que selou o segundo gol de
seu time.
Como
esses dois gols e o avançar do relógio, as coisas tinham ficado bem ruins para
o time que há algumas rodadas atrás era comentado por todos como o favorito ao
título. Entretanto, não se intimidou.
Depois de um jogada no meio campo em frente a área grande do adversário o meia
Diego desferiu um chute certeiro contra o gol de Henrique, que não teve tempo
de reação.
Esses 2
X 1 em favor do Mixto permaneceu até o apito final dos árbitros, que, aliás, ainda
deram 4 minutos de acréscimos. Nem se diga que depois dos 40 minutos finais
todos os jogadores do banco do Mixto e de boa parte da arquibancada já pedia o
fim da partida.
O jogou acabou
o elenco do Mixto foi para o abraço.
Parabéns
ao Valdir Casagranda que depois de ter se tornado técnico tem sido insistente
em disputa de finais. Ganhou algumas e perdeu outras, mas continua chegando.
Parabéns
à Diretoria da Delegacia que soube levar com competência a competição. Parabéns
aos representantes (semifinalistas ou não) que foram peças fundamentais no
aspecto liderança e nos ajustes dos times.
Parabéns
à galera presente. É ela que tem tornado a competição mais empolgante. São
esposas, filhos, amigos que em única voz fazem da competição um coro de alegria
e de adrenalina.